Fredy Guarín teve a vida em risco por causa do álcool: "Era a morte ou a prisão"
Médio colombiano que representou o F. C. Porto assumiu problemas com a bebida e que o dinheiro quase o desgraçou: "Vivi uma vida de luxo, festas, iates, aviões, dei dinheiro", contou.
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Afastado dos relvados desde 2021, Fredy Guarín ainda recupera de anos e anos em que o vício do álcool quase lhe colocou a carreira em risco, primeiro, e depois a vida.
Em entrevista emotiva ao programa "Los Informantes", o ex-jogador colombiano relatou episódios dramáticos, entre eles como uma rede o salvou do suícidio, durante a pandemia de covid-19.
"Desliguei-me da vida, a minha reação foi atirar-me. Havia uma rede na varanda, saltei e ela trouxe-me de volta. Não tinha consciência do que estava a fazer, não sei o que aconteceu. Sabia que numa bebedeira ia morrer, era a morte ou a prisão. Bebia 50, 60, 70 cervejas por noite. Foram dias pesados, estive bêbedo durante 10 dias, adormecia de cansaço e acordava com uma cerveja ao meu lado", contou.
Guarín confidenciou que os problemas com o álcool começaram depois de trocar o F. C. Porto pelo Inter de Milão e que se acentuaram quando se mudou para a China, onde representou o Shanghai Shenhua.
"Na China sabia realmente o que era o álcool, desde o primeiro dia em que cheguei degenerei alcoolicamente. Levantava-me para ir treinar e depois do treino, álcool. Descansava um pouco, treinava e bebia, era assim todos os dias. Mas conseguia gerir muito bem. Embebedava-me dois dias antes do jogo e funcionava. Ganhávamos, eu marcava um ou dois golos... Trabalhava mais do que quando não bebia", salientou.
O ex-jogador colombiano, que representou o F. C. Porto entre 2008 e 2011, referiu ainda a influência do dinheiro no seu estilo de vida, principalmente desde que rumou ao futebol chinês.
"Não tinha noção do dinheiro, ganhava muito e o dinheiro nem sequer entrava na minha conta lá, mandava-o todo para a Europa. Vivia dos prémios e vivia uma vida de luxo, festas, iates, aviões, dei dinheiro", completou.