
O antigo internacional português tem sido alvo de uma série de homenagens
Adam Vaughan/EPA
Uma fundação que utilizava o nome de Diogo Jota, em Inglaterra, está a gerar suspeitas de fraude. ONG dizia já ter angariado 55 mil euros, mas o Liverpool, a família do antigo atleta e uma série de entidades dizem não ter conhecimento. O site já não se encontra ativo.
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Há uma nova polémica em Inglaterra. Uma página denominada "Diogo Jota Foundation", criada poucos dias após o falecimento do antigo internacional português e do irmão André Silva, num acidente de viação, na região de Zamora, em Espanha, está a levantar dúvidas relativamente à sua legitimidade, de acordo com o jornal "The Telegraph".
A página (que, entretanto, já não se encontra ativa) alegava ter angariado 64.250 dólares (55.335 euros) em doações e mencionava que o intuito era o de recolher fundos para a formação de jovens atletas, financiar bolsas de estudos e colaborar com organizações locais de regiões subdesenvolvidas. Doações essas que só podiam ser realizadas a partir de um método: criptomoedas.
Dava conta, ainda, que já teria apoiado 300 jovens, distribuído 25 mil refeições e desenvolvido parcerias com 50 organismos locais.
Segundo a mesma fonte, o site apresentava o logótipo do Liverpool, da Unicef, da Allianz e da Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento para parecer legítimo. No entanto, o "The Telegraph" contactou todas estas entidades, assim como a família dos atletas, que mostraram desconhecimento quanto a esta suposta organização não governamental (ONG).
Por outro lado, a "Diogo Jota Foundation" não respondeu a nenhuma das tentativas de contacto do jornal britânico.
Para aumentar a suspeita de fraude, a Comissão de Caridade do Reino Unido referiu que não recebeu qualquer registo de pedido desta alegada fundação de solidariedade.

