A receita do jogo solidário, disputado no D. Afonso Henriques, reverterá para a Cercigui e A Palavra e Casa da Criança de Guimarães, instituições que eram apoiadas por Neno.
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No dia de Portugal e de Camões, o dia também foi de Neno. No D. Afonso Henriques, a sua casa, o futebol uniu-se na alegria e solidariedade, num dia que se pretende que faça parte do calendário anual dos vimaranenses e vitorianos, face ao carisma conquistado por Neno durante a vida, com uma energia e um sorriso que contagiava com quem privou. Dois anos após o seu falecimento, antigos jogadores e diversas figuras públicas juntaram-se na Cidade-Berço para manter o "Legado de Neno" vivo, numa partida cuja receita irá reverter para instituições que eram apoiadas pelo antigo jogador, treinador e dirigente, precisamente Cercigui, Casa da Criança de Guimarães e A Palavra.
O dia foi de festa e de sorrisos, com várias atuações musicais a animar quem se deslocou ao estádio D. Afonso Henriques, e que contou com Simone, esposa de Neno, que não escondeu a emoção em vários momentos da tarde de recordações.
O resultado era o menos importante, mas foi favorável para a equipa do "Projeto Futebol Solidário" (6-2), com bis de Meyong e Edinho e golos de Paulo Sérgio e Madjer. Oceano, com um bis, marcou para a equipa do "Legado de Neno".
"É um dia super especial, primeiro pelo Neno, pelo carinho que mereceu e vai continuar a merecer. Depois, não posso esquecer que vir aqui é como ser um miúdo e receber uma prenda com um valor que nem imaginamos. As lágrimas já me vieram aos olhos e eu até sou um bocado insensível", disse Manuel Cajuda, ex-treinador dos vitorianos e atualmente presidente do Olhanense.