Futsal da Académica de Leça dá cartas na formação

A temporada das equipas sub-15, sub-17 e sub-19 da Académica de Leça promete ficar para a história, já que estão todas a disputar a segunda fase da Taça Nacional, feito nunca vivido no clube e inédito a nível nacional. “Estamos na luta, vamos ver como vai correr, mas é desde já um sinal positivo para o trabalho que se tem desenvolvido. Não se resume tudo a um ano, mas é bom sinal”, explica, ao JN, Luís Rodrigues, presidente de um clube já com muita tradição no futsal. “Quando investimos na formação pensamos em treinadores de qualidade, que nos têm ajudado a elevar o nível e que têm tido impacto nos jovens, quer como atletas, quer como pessoas, e está a resultar”, acrescenta.

A tradição de clube formador de qualidade não é de hoje, a Académica de Leça habituou-se a revelar vários talentos ao longo dos anos e no final da temporada espera-se o consequente impacto. Um dos problemas do emblema leceiro tem sido precisamente a retenção de talento. “Obviamente que este passo que estamos a dar na Taça Nacional terá impacto na retenção dos nossos jovens, mas ao colocarmos os nossos escalões de formação na Taça Nacional também vamos atrair mais jovens para o clube”, argumenta o líder do clube.

Ataque ao Nacional

Por esta altura, a Académica de Leça tem 150 jogadores, incluindo o plantel sénior, o que diz bem do dinamismo que se vive entre portas. “A nossa ambição é atingirmos o Nacional com a equipa sénior, a médio prazo. Mas para isso não basta ter qualidade e bons treinadores, porque a concorrência é maior e é preciso que haja mais algum investimento”, partilha ainda Luís Rodrigues.

Um dos grandes projetos da Académica de Leça é a aposta no futsal feminino, cujas captações arrancaram na semana passada. “Precisamos de espaços de treino e temos estado a desenvolver  o tema com o Nuno Matos, vereador do desporto da Câmara Municipal de Matosinhos, para ver as possibilidades que existem, porque no próximo ano queremos abrir o futsal feminino. Com as captações queremos, pelo menos, inscrever uma equipa no futsal feminino na próxima época”, remata, convicto, o presidente leceiro.