Guarda-redes do Leça defende duas grandes penalidades (6-5) e ainda marcou o penálti que deu a vitória, após 120 minutos cheios de suspense
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Vinte e dois anos depois, uma equipa do quarto escalão volta a atingir os quartos de final da Taça de Portugal - em 1999/2000 os Dragões Sandinenses conseguiram o mesmo feito -, agora a proeza pertence ao Leça, vencedor do jogo com o Paredes, equipa que também milita no Campeonato de Portugal. O desempate surgiu nas grandes penalidades e teve como protagonista o guarda-redes Gustavo Galil.
O dono da baliza do Leça, além de ter somado intervenções preciosas durante os 120 minutos, defendeu duas grandes penalidades, tendo ainda marcado o penálti decisivo para carimbar o apuramento dos leceiros, numa explosão de alegria conjunta entre os adeptos, os jogadores e a equipa técnica.
Cedo se percebeu quais seriam os contornos da partida: o Leça a assumir a iniciativa de jogo e o Paredes com as linhas baixas, à procura do contra-ataque. A primeira grande ocasião saiu dos pés de Miguel Lopes que, do meio da rua, desferiu um pontapé com destino à trave. Aos 24 minutos foi a vez do Paredes criar perigo, mas Pedro Correia não foi feliz na hora de atirar à baliza.
Logo a seguir Nani, após um canto, rematou à meia-volta e deixou o Leça na frente do marcador. Ainda antes do intervalo, o VAR chamou à atenção do árbitro para uma grande penalidade contra o Leça, que Ismael concretizou, repondo a igualdade no marcador.
A partir daqui houve poucos lances de perigo, mas sempre que existiram Galil deu uma boa resposta, guiando o Leça até aos quartos de final, onde já não estava desde 1994/95.