Há poucos anos, Ajax, Basileia e Lyon dominavam as respetivas ligas e faziam brilharetes na Europa, agora têm problemas que nunca mais acabam, presidentes em causa e estão em zona de descida. Cair na 2.ª Divisão é possibilidade real.
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Olhar para as classificações dos campeonatos dos Países Baixos, da França e da Suíça é conceber o impensável. É preciso dissecá-los até baixo para encontrarmos o Ajax, o Lyon e o Basileia. Não há muito tempo dominadores nos respectivos países, respeitados e até temidos na Europa, vivem hoje amedrontados por crises gigantescas, que ainda por cima têm todo o ar de se poderem agravar, a não ser que entretanto resolvam problemas que começam nos gabinetes, estendem-se ao relvado e acabam nas bancadas, onde os adeptos berram de insatisfação. Em 2017/18, o Basileia atingiu os oitavos de final da Liga dos Campeões, um ano depois o Ajax chegou às meias-finais, a mesma fase que o Lyon disputou na época seguinte. Em 2024/25, há que admitir o trio a jogar em segundas divisões.
O caso do colosso de Amesterdão é o mais inaudito, tendo em conta que há cerca de ano e meio estava a celebrar o 36.º º título de campeão. No entanto, já aí se vislumbravam sinais preocupantes, com a demissão de Marc Overmars, afastado do cargo de diretor desportivo por enviar mensagens e fotografias de cariz sexual a funcionárias do clube, a dar início a uma série de saídas que continuam ser ser devidamente colmatadas. O treinador Erik Ten Hag foi o seguinte, antes de Edwin Van der Sar colocar um ponto final num percurso de seis anos como chefe das operações relacionadas com o futebol. Quando amanhã entrar em campo para o clássico com o PSV, líder só com vitórias, o Ajax vai fazê-lo com um treinador interino (Maurice Steijn esteve apenas 12 jogos no cargo), sem diretor desportivo (Sven Mislintat foi demitido em setembro), com um CEO (Jan van Halst) também ele a prazo e com a cadeira presidencial livre após a demissão de Pier Eringa, que foi nomeado presidente em março e fez as malas em outubro.
Novos líderes contestados