Portistas estiveram a ganhar, mas permitiram o empate na única distração da primeira parte. Polémica nos descontos, num lance de possível penálti sobre Francisco Conceição
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O F. C. Porto já se tinha desviado de uma bala na semana passada, em Famalicão, mas desta vez deixou mesmo dois pontos no Funchal, onde um Marítimo lutador impôs um empate que atrasa os dragões em relação aos rivais na luta pelo título. Os portistas estiveram a ganhar, numa primeira parte em que foram superiores, mas distraíram-se no último fôlego antes do intervalo e o inspirado Xadas penalizou-os com um remate soberbo, que o guarda-redes Diogo Costa não pôde deter.
Voltando ao início, Sérgio Conceição inovou no lado esquerdo da defesa e apostou na adaptação de Marcano, deixando Manafá no banco e Zaidu na bancada. O central espanhol não comprometeu e foi por esse flanco que a equipa portista criou constante perigo no primeiro tempo, com Luis Díaz a pôr a defesa maritimista em sobressalto. Depois de várias ocasiões desperdiçadas, uma das quais de forma incrível por Toni Martínez, que tropeçou perto da linha de golo, o F. C. Porto abriu o marcador. O tento foi inicialmente atribuído a Taremi, mas nas imagens foi possível constatar que o desvio de Díaz, após arrancada de Otávio, já tinha feito a bola ultrapassar a linha de baliza.
Parecia desbravado o caminho para a vitória azul e branca, tal a superioridade evidenciada, só que o futebol tem sempre o condão de surpreender. Na derradeira jogada da primeira parte, o Marítimo aproveitou o espaço no lado direito da defesa portista e Bruno Xadas, bem servido por Vítor Costa, arrancou um disparo sensacional, que igualou o resultado e lançou as bases para uma etapa complementar muito mais repartida.
O F. C. Porto acusou o golo sofrido e não foi capaz de recuperar o bom nível exibicional. A equipa de Conceição passou a jogar de forma algo atabalhoada e podia mesmo ter ficado a perder, aos 69 minutos, num lance em que André Vidigal acertou no poste da baliza de Diogo Costa. Mais confortável, o Marítimo só passou por apuros nos descontos, quando Francisco Conceição, a única das armas do banco portista a mexer com o jogo, inventou dois lances de perigo. No primeiro, a bola beijou o poste da baliza insular. O segundo trouxe polémica, ficando a dúvida sobre um eventual penálti. O árbitro e o VAR disseram que não.
Mais:
Luis Díaz fez uma grande primeira parte e foi sempre o jogador portista mais perigoso em campo. Impressionante frescura física da equipa insular, que correu sem parar. O golo de Xadas é magnífico.
Menos:
Toni Martínez lutou, mas não teve a mesma eficácia dos jogos anteriores. Lançados por Sérgio Conceição na segunda parte, Jesús Corona e Pepê não trouxeram grande coisa ao ataque dos dragões.
Árbitro:
João Pinheiro entendeu que o toque de Pelágio em Chico Conceição, nos descontos, não foi suficiente para penálti e o VAR, Rui Costa, teve a mesma opinião. O lance é duvidoso.
Veja o resumo do jogo:
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