Benfica já sofreu mais dois golos do que em toda a época anterior. Últimos três jogos puseram a nu os problemas defensivos da equipa de Roger Schmidt.
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Viram-se lenços brancos e ouviram-se assobios na Luz após o empate de quinta-feira com o Rangers (2-2), na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, e a insatisfação dos adeptos benfiquistas justifica-se pelos números.
Sem ganhar há três jogos, o Benfica tem sofrido golos a um ritmo alucinante (nove nas últimas três partidas) e está a pôr em perigo os objetivos da temporada, embora continue em três frentes de competição: campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa.
A permeabilidade defensiva é um dos problemas da equipa de Roger Schmidt, que já encaixou mais golos esta época do que em toda a temporada anterior. Em 2022/23, o Benfica sofreu 40 golos em 55 jogos, enquanto em 2023/24 já soma 42 noutras tantas partidas, à média exata de um golo sofrido por jogo.
Tendo em conta que as águias vão disputar, no mínimo, mais 12 jogos até ao fim da época (10 no campeonato, um na Taça de Portugal e um na Liga Europa), o total de golos sofridos vai, ao que tudo indica, superar largamente o registo da temporada anterior.
Na linha defensiva, os problemas têm surgido sobretudo nas laterais, onde o técnico alemão tem feito constantes adaptações, como se viu no Dragão (iniciou o clássico sem um lateral de raiz, com o médio Aursnes na direita e o central Morato na esquerda).
Na partida com o Rangers, Schmidt já utilizou o dinamarquês Bah como titular no lado direito da defesa, mas na esquerda voltou a adaptar Aursnes, que viria a passar para a direita nos minutos finais quando Bah foi substituído por Carreras. No eixo, Otamendi e António Silva têm sido sempre titulares, mas no jogo de domingo com o Estoril o argentino vai cumprir castigo por ter sido expulso no clássico, o que abre caminho à titularidade Morato ou Tomás Araújo.