O avançado do Benfica esteve em destaque diante do Midjtylland e foi o terceiro português mais novo de sempre a conseguir um hat-trick num encontro europeu, apenas atrás de João Félix e Eusébio.
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O Benfica não podia ter começado a época da melhor maneira mas a noite de terça-feira ano Estádio da Luz, que terminou com um triunfo (4-1) dos encarnados diante do Midjtylland na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, teve um sabor ainda mais especial para Gonçalo Ramos. Com um hat-trick, o jovem avançado de 21 anos, cuja continuidade no Benfica até não é um dado adquirido, fez história e, por isso mesmo, acabou por até levar a bola para casa.
Gonçalo Ramos começou o jogo a titular - há 16 anos que um avançado português não era titular no primeiro jogo da época (desde Nuno Gomes, em 2006) - e provou merecer a confiança de Roger Schmidt. Marcou três golos - desde 1979, quando Nené conseguiu o mesmo feito frente ao Vitória de Setúbal, que um jogador do Benfica não conseguia fazer um hat-trick no primeiro encontro da temporada e foi o terceiro português mais novo de sempre a conseguir um hat-trick num encontro europeu, depois de João Félix e Eusébio - e deixou a Luz com água na boca para o campeonato que está prestes a começar.
No final, Roger Schmidt elogiou a exibição do atleta - "podia ter marcado mais dois ou três golos" - mas Gonçalo Ramos não podia estar mais feliz: "Foi uma bela maneira de começar a época e mostrar o nosso futebol aos adeptos. Só em sonhos podia ser melhor do que isto, mas agora é tempo para focar no próximo jogo", afirmou.
O jovem jogador do Benfica fez toda a formação no clube encarnado e não é a primeira vez que dá que falar. No plantel principal, começou a dar que falar em 2020, quando marcou dois golos ao Desportivo das Aves, e foi o melhor marcador da qualificação para o Europeu de sub-21. Conhecido como o "feiticeiro", alcunha que recebeu por ter alguma sorte nos ressaltos e marcar quase sempre que remata à baliza, o atleta tem uma ligação muito especial ao futebol: o irmão, Lourenço Ramos, de 11 anos, está no Centro de Treinos de Futebol do Benfica, no Algarve e o pai, Ramos, jogou na Liga pelo Farense (1996 a 1999) e pelo Salgueiros (1999 a 2001), representando ainda Portugal nos escalões sub-17, sub-20 e sub-21.
Com contrato com o Benfica até junho de 2024 e uma cláusula de rescisão de 120 milhões de euros, a continuidade de Gonçalo Ramos não é adquirida e nem Roger Schmidt abriu o jogo sobre a continuidade do português no plantel. Mas, quer continue ou não a jogar de águia a peito, a noite de sonho já ninguém lhe tira.
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