O Governo do Togo exigiu a Angola e à organização da Taça das Nações Africanas um pedido de desculpas por terem enviado a selecção nacional togolesa para Cabinda, onde morreram dois dos seus elementos após um ataque ao autocarro onde circulavam.
Corpo do artigo
Um dia depois do ataque, ocorrido depois da passagem da fronteira do Congo para Angola, o porta-voz do Governo do Togo, Pascal Bodjona, afirmou este sábado ser "díficil perceber a razão que levou as autoridades angolanas a escolher Cabinda" para acolher a Taça das Nações Africanas, quando sabia que "a área era perigosa e arriscada".
Bodjona sublinhou que ninguém alertou a selecção togolesa para os riscos de viajar para Cabinda de autocarro e exigiu um pedido de desculpas ao Governo de Angola e aos organizadores do campeonato.
No ataque, reivindicado pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), morreram o responsável para a imprensa, Stanislas Ocloo, e o treinador-adjunto, Abalo Amelete.
O guarda-redes da selecção, Kodjovi Obilalé, foi ferido a tiro na zona dos rins e no abdómen e teve de ser transferido para Joanesburgo, onde deverá ser operado.
O chefe do Governo negou igualmente informações que davam conta da morte do motorista do autocarro, um angolano, afirmando que "ele também está vivo", internado numa unidade de cuidados intensivos.
Na sequência do ataque, o Governo decidiu mandar regressar a selecção ao país e retirar-se da Taça das Nações Africanas (CAN), que se inicia domingo em Angola.