A corrida arranca este domingo em Albergaria-a-Velha e termina oito dias depois na Maia. Recorde de vitórias na prova pode ser batido: vamos ver quem garante o tri.
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A festa do ciclismo nas estradas da região Norte regressa este domingo através da 33.ª edição do Grande Prémio Jornal de Notícias/Leilosoc, numa viagem de 1200 quilómetros, divididos por oito etapas, desta vez com um ingrediente especial na luta por uma das mais desejadas camisolas amarelas do calendário nacional.
Até ao momento, nenhum ciclista conseguiu inscrever por três vezes o seu nome no ilustre palmarés de vencedores da corrida, mas, este ano, o feito estará ao alcance de dois atletas: Rafael Reis (Sabgal-Anicolor) e António Carvalho (ABTF-Feirense). Ambos partilham dois êxitos na prova, igualando o número de vitórias do já retirado Fernando Carvalho, e têm mostrado argumentos para protagonizarem um emotivo duelo pelo estatuto de maiores vencedores da história da corrida.
Para estarem à altura do desafio, os candidatos terão de superar um percurso de dificuldade moderada, onde a regularidade será, certamente, a palavra chave. Nas oito jornadas da prova, há relevos para todos os gostos, e embora predominem etapas rápidas, propícias a fugas ou chegadas ao sprint, há duas tiradas de montanha que vão selecionar os mais fortes.
Esse tira-teimas será feito na segunda metade da corrida, mormente na quinta etapa, em Guimarães, com a subida ao Monte da Penha, e na ronda final, no dia 1 de setembro, numa demolidora tirada com partida e chegada na Maia, que pelo meio terá três contagens de montanha de segunda e primeira categoria.
“A regularidade será a palavra chave desta corrida, pois todos os dias é preciso muita concentração e uma boa dose de estratégia. Ainda assim, temos as duas etapas decisivas de montanha, com subidas muito duras, algumas delas em estreia, que vão selecionar os candidatos à vitória final”, explicou, ao JN, Nuno Lopes, diretor de prova.
O responsável salientou, ainda assim, que o percurso foi desenhado “para dar oportunidades de vitórias em etapas a atletas com diferentes características”, sendo que a ausência de um contrarrelógio tornará as bonificações, sobretudo nas chegadas, essenciais para quem esteja na luta pela camisola amarela.
Mesmo sendo uma prova disputada na parte final da temporada velocipédica, o prestígio e mediatismo deste Grande Prémio JN cativou a presença de 16 equipas – 15 portuguesas e uma espanhola – num pelotão com 112 ciclistas, com vários dos melhores a atuar no nosso país, prometendo um renhido duelo pela vitória final.