Guarda-redes Noppert, que hoje vai tentar parar o craque argentino, recebe 129 mil euros anuais.
Corpo do artigo
A vida de um futebolista dá muitas voltas. Andries Noppert, guarda-redes dos Países Baixos, é um bom exemplo disso. Até ao Mundial era um desconhecido, aliás entre 2013/14 e 2020/21 apenas realizou 16 jogos na carreira. As boas exibições na última época e meia valeram-lhe a presença no Catar, mas nem tudo é um mar de rosas. O neerlandês já admitiu que é o mais mal pago da seleção, ganha num ano (129 mil euros/10,75 mil por mês) aquilo que Messi aufere num dia. O craque argentino arrecada 41 milhões de euros anuais no Paris Saint-Germain. Hoje, os dois vão encontrar-se no escaldante Países Baixos-Argentina, às 19 horas, nos quartos de final.
Formado no Heerenveen, mudou-se para a equipa B do NAC Breda, mas apenas participou em seis jogos. Noppert nunca foi a primeira opção para a baliza das equipas onde jogou. Depois de um período de quase sete anos onde só fez 16 encontros, a mudança para o Go Ahead Eagles deu-lhe abertura para mostrar a qualidade que, até então, estava escondida e isso valeu-lhe depois o regresso ao Heerenveen. As boas exibições na primeira metade da temporada levaram-no à convocatória e à titularidade no Mundial.
Noppert faz ainda valer-se da elevada estatura (2,03 metros) e tornou-se o jogador mais alto da história dos mundiais. Neste percurso, fez ainda carreira em Itália, no Foggia (oito jogos em duas épocas), numa passagem marcada pelos piores motivos: um grupo de mafiosos roubou-lhe o carro mal chegou ao clube. "Quando perdíamos, não podíamos circular pela cidade. Os adeptos esvaziavam-nos os pneus dos carros ou faziam explodir bombas nos jardins das nossas casas", recordou.