
Rui Patrício põe fim à carreira aos 37 anos
Carlos Carneiro
O guarda-redes internacional Rui Patrício, sem clube desde o fim da época 2024/25, decidiu colocar o ponto final na carreira aos 37 anos e será amanhã (12 horas) homenageado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em Oeiras. O guardião é um dos heróis da conquista do título de campeão da Europa em 2016.
No restrito lote dos internacionais lusos centenários (108 jogos, entre novembro de 2010 e março de 2024), Rui Pedro dos Santos Patrício esteve na conquista dos dois primeiros troféus da seleção, o Europeu de 2016 e a Liga das Nações de 2019.
O guarda-redes com mais jogos de sempre por Portugal esteve entre os convocados para a fase final do Europeu de 2008, mas o primeiro jogo a defender a baliza das quinas aconteceu apenas em novembro de 2010, frente à Espanha. Seguiu-se um período em que foi dono e senhor do lugar, pois ao longo de mais de uma década não falhou um único jogo, na qualificação ou fases finais, em campeonatos da Europa e do Mundo. A última internacionalização remonta a março de 2024, frente à Suécia.
Começou a jogar futebol no Leiria e Marrazes, mas concluiu a formação e fez a estreia como sénior no Sporting, em 2006/07, aos 19 anos. Seguiram-se 12 épocas de leão ao peito, até que o tristemente célebre ataque aos jogadores na Academia de Alcochete, em 2017/18, o levou o então capitão a mudar de ares. Mudou-se para os ingleses do Wolverhampton, onde esteve três épocas, seguindo-se passagens pelos italianos da Roma, onde foi treinado por José Mourinho, e da Atalanta. O último clube foi o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, ao serviço do qual participou no último Mundial de Clubes da FIFA.
Sem clube desde o fim da ligação ao Al Ain, Rui Patrício decidiu que era chegada a hora de pendurar as luvas. E a cerimónia de despedida será apadrinhada pela FPF, que não quis deixar escapar a oportunidade de "homenagear a carreira, o talento e o contributo excecional de Rui Patrício para o futebol português".

