O treinador espanhol Josep Guardiola referiu que não vai pedir desculpa pelos comentários proferidos após o encontro frente ao Leipzig, da passada quarta-feira, quando pediu um maior apoio presencial dos adeptos.
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O Manchester City venceu o primeiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao Leipzig, por 6-3, mas a presença dos adeptos foi, na ótica de Guardiola, escassa. Cerca de 38 mil pessoas assistiram no estádio Etihad ao encontro contra os alemães, um número reduzido face à capacidade para 55 mil. Após a partida, o técnico espanhol apelou à ida dos fãs ao recinto desportivo.
"Nos últimos três jogos em casa marcámos 16 golos. Gostava que mais gente viesse ao estádio no próximo jogo de sábado. Precisamos das pessoas, por favor, vamos estar cansados, por isso convido todos a virem no sábado às 15 horas", disse. Estas declarações não caíram bem no seio dos adeptos, com Kevin Parker, secretário do grupo oficial de adeptos do City, a questionar-se acerca da autoridade do treinador em abordar esse tópico.
"Não sei o que é que ele tem a ver com isso. Ele não entende as dificuldades de algumas pessoas em assistirem a um jogo no Etihad a uma quarta-feira à noite. Eles têm filhos, podem não ter capacidade financeira e ainda há a questão da covid. É sem dúvida o melhor treinador no mundo mas, digo isto da forma mais simpática possível, devia manter-se nisso", referiu Parker.
Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro deste sábado, frente ao Southampton, Guardiola respondeu a Kevin Parker, afirmando que o secretário devia rever os comentários que o treinador fez.
"Não vou pedir desculpa pelo que disse. O que disse foi que precisamos do apoio, não interessa quanta gente vem mas eu convido-os a virem e apreciar o jogo. Sempre disse que se quiserem juntar a nós ficarei muito contente, porque sei o quão difícil é. Eu nunca questionei o porquê das pessoas não virem, o senhor Parker devia rever os comentários que fiz, mas não lhe vou pedir desculpa", disse.