Jovens bracarenses sagraram-se pela primeira vez campeãs nacionais da 2.ª Divisão e subiram ao primeiro escalão. Ganharam 25 dos 29 jogos da época.
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A equipa feminina, categoria de cadetes (15 anos), do Braga sagrou-se campeã nacional da 2.ª Divisão, juntando a esse título inédito a subida de escalão. A treinadora Beatriz Simões reconhece o “sabor especial” do primeiro título nacional que conquistou, destacando a época “dura”, em que foi muito exigente com as suas jogadoras, “por vezes até em excesso”, notando que o principal objetivo – a subida à 1.ª Divisão – foi conseguido. “Era um objetivo imperativo e essencial para o contínuo crescimento e evolução das atletas”, conta ao JN.
Lembrando que a equipa ganhou 25 dos 29 jogos que realizou durante a época, Beatriz Simões considera que “não existem segredos” para o sucesso. “Se existissem, todos o alcançariam”. A técnica considera que a grande virtude da equipa foi a “união” e “consciência coletiva”. “Saber que estamos juntas e que dependemos umas das outras para alcançar os objetivos foi fundamental. Ninguém joga sozinho e cada ação em campo tem impacto na seguinte”, disse, destacando ainda, “além das competências técnicas”, o orgulho pelos valores da “humildade, respeito, dedicação e amizade”.
Beatriz Simões frisou também “o papel fundamental” da adjunta Carolina Freitas, assim como de todos os treinadores e atletas sub-21 que se envolveram neste processo “e, claro, das famílias: o sucesso é fruto de um trabalho coletivo, dentro e fora do campo”. A equipa ganhou todos os jogos da final four, mas a treinadora não se mostrou surpreendida pelo nível exibido pela sua equipa. “Era algo expectável. Tenho plena consciência de quem são as atletas que tenho comigo e, com o passar dos anos, a confiança e a ‘telepatia’ entre nós vai crescendo”.
A equipa sénior disputou na época finda o título com o Benfica (derrota por 3-2 numa renhida final) e a treinadora assume que o objetivo é que estas jovens possam chegar à primeira equipa, mas não a curto prazo, até porque ainda têm de passar por um processo de crescimento. “Mas posso afirmar que tenho algumas jogadoras muito competentes, com todas as qualidades necessárias para alcançarem grandes feitos. Como lhes digo muitas vezes, são elas que escrevem a sua própria história”.