Gulpilhares saiu de uma situação financeira complicada e agora procura estabilidade. Gaienses lideram a 1.ª Divisão
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Depois da tempestade vem a bonança. Esta é a história do Gulpilhares Futebol Clube, emblema que passou por períodos conturbados em termos financeiros, mas agora procura o crescimento sustentável para sonhar com outros voos. Apesar das contrariedades, o arranque na 1.ª Divisão da A. F. Porto não podia ser melhor, uma vez que é líder isolado da Série 1.
Este projeto começou na época transata, quando José Alves juntou uma equipa para formar uma Comissão Administrativa, com o objetivo de recuperar um clube que estava "destruído financeiramente". Conseguiu dar algum equilíbrio às contas e, no final de 2021/22, foi eleito presidente, apesar da despromoção da equipa sénior. "Às vezes, é preciso dar um passo atrás para se dar dois à frente. Não é que quiséssemos descer, mas, por um lado, foi bom para conseguir estabilizar o Gulpilhares e implementar melhor o nosso projeto, começando de baixo", explica o líder.
Além da "rigorosa gestão" aplicada e do investimento na formação para "criar uma melhor base para o futuro", outra das medidas adotadas pela nova Direção foi no sentido de cimentar a união com os adeptos e a comunidade, que estavam algo afastados da realidade do emblema de Vila Nova de Gaia. "O clube não estava a ser ativo na vida da freguesia. Agora fazemos questão de estar presentes nas atividades do rancho, da paróquia e mostrar que também estamos lá para eles", elucida José Alves.
Entrada a todo o gás
Com a estrutura renovada e a dar passos largos para a estabilidade, no plano desportivo o arranque rumo à subida de divisão não podia ter sido melhor, com o pleno de vitórias e a liderança isolada do campeonato. Já na Taça A. F. Porto, o Gulpilhares caiu ao segundo jogo, contra o Alfenense (1-2), mas para o treinador Bruno Francês a equipa está a corresponder ao plano traçado, tendo em conta que é "quase toda nova".
"Dos 27 jogadores do plantel só sete faziam parte do grupo no ano passado. Claro que a descida também pode ter influenciado em alguns casos de saída, mas queríamos montar uma equipa jovem e com ambição de ajudar o clube", assume o técnico, que tem apenas sete atletas com 30 anos ou mais no plantel.