Bruno Mascarenhas, vogal da direção de Bruno de Carvalho, no Sporting, apresentou a demissão esta sexta-feira. Segundo apurou o JN, se houver mais alguma demissão no Conselho Diretivo do clube, a direção cai.
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O vogal da direção do Sporting Bruno Mascarenhas despediu-se dos núcleos do clube, apelando à calma e que evitem tomadas de posição, numa carta a que a agência Lusa teve acesso.
"Nestes momentos muito difíceis que atravessamos, apelo a que mantenham a calma e evitem tomadas de posição. Os órgãos sociais dos núcleos representam o Sporting e os seus associados localmente e por isso têm uma responsabilidade acrescida", lê-se na missiva assinada pelo responsável pelo pelouro da expansão e núcleos do clube 'leonino'.
Nesta comunicação, Bruno Mascarenhas enaltece que esta foi uma das áreas que mais cresceu, "ao longo dos últimos cinco anos", detalhando o trabalho feito e identificando o que deve ser feito no futuro.
Entre os vários pontos, o dirigente 'leonino' destaca o debate, em fevereiro de 2019, no congresso dos núcleos, em Vendas Novas, sobre a distribuição de bilhetes para finais de competições em que o clube esteja envolvido, assim como a descentralização das assembleias de voto nas eleições.
"Foram cinco anos muito importantes para o Sporting e tenho a consciência do trabalho realizado. A família dos núcleos aproximou-se e a entreajuda entre todos é hoje assumida como algo natural. A lealdade comigo e com o presidente Bruno de Carvalho, o terem assumido esta cruzada e o empenho que dedicam ao Sporting no vosso dia-a-dia é algo que não esqueço nem nunca esquecerei", prosseguiu.
Bruno Mascarenhas termina a missiva com o agradecimento aos colaboradores responsáveis pelos núcleos e com um agradecimento às próprias estruturas locais.
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Mascarenhas era uma figura central na direção de Bruno de Carvalho. Era ele o representante do clube na Liga. O antigo vice-presidente esteve mesmo na reunião da Assembleia da Liga, no final de abril, que acabou em insultos e ameaças. "É de lamentar que depois de vouchers, e-mails e toupeiras o Benfica tenha mandado este representante", disse Bruno Mascarenhas, referindo-se a Paulo Gonçalves, diretor jurídico do Benfica.
Foram eleitos para este órgão o presidente Bruno de Carvalho, os vice-presidentes Carlos Vieira e António Rebelo e os vogais Rui Caeiro, Bruno Mascarenhas, José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque, Luís Gestas e Luís Loureiro.