Inter à espera de adversário para a final da Liga dos Campeões. "Cityzens" e o Real Madrid em duelo decisivo, após o 1-1 da primeira mão na capital espanhola.
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Após o triunfo do Inter sobre o Milan, que devolveu os "nerazzurri" à final da Champions, 13 anos depois de terem conquistado o troféu, com José Mourinho ao leme, Manchester City e Real Madrid defrontam-se esta quarta-feira, em Inglaterra, à procura de um lugar na decisão de Istambul.
A primeira mão entre as equipas de Pep Guardiola e de Carlo Ancelotti terminou empatada a um golo, pelo que está tudo em aberto para o jogo desta noite no Estádio Ettihad, com muitas estrelas prontas a brilhar. Do lado do City, que vai contar com os portugueses Rúben Dias e Bernardo Silva no onze, as maiores expectativas recaem no avançado Erling Haaland, que está a fazer uma época de estreia de sonho no clube inglês, com 52 golos já marcados, 12 dos quais na Champions.
O internacional norueguês, de 22 anos, já bateu o recorde de golos numa edição da Premier League (soma 36, ainda com três jornadas por disputar), e lidera destacado a lista de marcadores da Liga dos Campeões, com 12 golos, mais seis do que Vinicius Júnior, do Real. Neste particular, precisa de mais cinco para igualar o máximo de Cristiano Ronaldo, estabelecido em 2016/17.
Haaland já se tornou o futebolista mais jovem de sempre a atingir os 30 golos na liga milionária, superando Van Nistelrooy, com 35 apontados desde 2018/19 (23 pelo Borussia Dortmund e 12 pelo City) e, na edição em curso, igualou um recorde de cinco golos num só jogo (na segunda mão dos oitavos de final, diante do RB Leipzig), estabelecido por Messi (Barcelona) em 2011/12 e por Luiz Adriano (Shakhtar) em 2014/15.
Nos 90 minutos iniciais desta eliminatória com o Real Madrid, o gigante nórdico (1,94m) ficou em branco e foi bem marcado pelo alemão Rudiger, faltando saber se Carlo Ancelotti voltará a apostar no germânico, agora que Éder Militão já está disponível para jogar no centro da defesa dos merengues, depois de ter cumprido castigo na primeira mão.
Guardiola afasta a pressão
Apesar do poderio do City a jogar em casa, onde não perde nesta prova há 25 jogos, não se pode atribuir favoritismo à equipa de Guardiola, em função do incrível registo europeu do Real Madrid. Nas últimas 10 épocas, o clube do Santiago Bernabéu ganhou cinco vezes a Champions League, a última das quais no ano passado, numa final com o Liverpool (1-0), depois de um percurso sensacional, que incluiu eliminações do PSG, do Chelsea e do próprio Manchester City, igualmente nas meias-finais.
Os "cityzens" continuam à procura do primeiro troféu na competição, depois de terem perdido a final de há duas épocas (derrota com o Chelsea, por 1-0, no Estádio do Dragão) e ganhar esta noite ao Real seria um grande passo nesse sentido. Guardiola não conquista a prova desde 2011, ainda ao serviço do Barcelona, mas afirmou na terça-feira que o legado pessoal no Manchester City já é "extraordinário".
"Não somos estúpidos e sabemos a importância deste jogo. Talvez seja o mais importante desde que estou cá. Mas o meu legado aqui já é uma história do outro mundo. Ganhámos todos os títulos exceto este. Claro que o queremos", afirmou o técnico catalão.
Do lado do Real Madrid, Ancelotti sublinhou a motivação da equipa para voltar a chegar à final: "Podemos fazer melhor do que na primeira mão. Estamos muito motivados, sabemos que será um jogo muito difícil, mas a dificuldade ajuda-nos a tirar o melhor de nós".