Depois da "troca de mimos" no asfalto, a guerra de palavras. O Grande Prémio do Azerbaijão (F1) continua a dar que falar, com Lewis Hamilton (Mercedes) a desafiar Sebastian Vettel (Ferrari) a mostrar que é homem "cara a cara".
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"Pôr-se ao meu lado e atirar o carro para cima de mim de maneira deliberada e ainda sair praticamente ileso e acabar em quarto... Acho isso terrível. Para ser honesto, não acho que ele tenha sido honrado. Se quer provar que é homem, deveríamos fazer isso fora do carro, cara a cara", defendeu o piloto britânico, no final da corrida.
Contextualizando: neste domingo, durante o Grande Prémio do Azerbaijão, oitava prova do Mundial de F1, numa altura em que a prova tinha sido interrompida para limpeza do circuito, Hamilton travou de repente e Vettel, que ia atrás, não conseguiu evitar o toque.
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Intencional ou não? Fica a questão. Certo é que o piloto alemão não teve dúvidas que a travagem foi propositada e não tardou a ripostar: depois de levantar as mãos do volante, como que a protestar, pôs o carro ao lado do colega britânico e deu-lhe um "chega para lá".
No final, recusou admitir que o fez de propósito, mas não hesitou em apontar o dedo a Hamilton.
"Eu não acho que ele fez um "brake test" (quando o piloto trava de propósito na frente de outro para atrapalhar quem vem atrás), eu tenho certeza. Acho que não havia necessidade. Eu e outros carros estávamos logo atrás e poderia ter causado uma reação em cadeia. Somos homens, somos crescidos e as emoções estavam a mil no carro", defendeu Vettel, que, apesar de sido penalizado, em dez segundos, terminou a corrida na quarta posição.
Lewis Hamilton concluiu a prova no quinto lugar.