Avançado do Sporting faz parte das opções do selecionador para o duplo encontro com Portugal, a contar para a Liga das Nações. Harder recordou a conversa com o selecionador.
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A carreira de Harder no Sporting valeu-lhe a convocatória para representar a seleção dinamarquesa no duplo confronto frente a Portugal, nos quartos de final da Liga das Nações. "É um sonho tornado realidade. É aquilo por que sempre lutámos desde pequenos, quando admirávamos os jogadores da seleção", começou por dizer à TV 2 Sport o jovem avançado, que chegou esta época a Alvalade. O jogador, de 19 anos, confessou que chorou quando soube da notícia que é o reflexo do bom trabalho realizado, ao já ter marcado 10 golos em 36 jogos.
"Por isso, é gratificante fazer parte disto agora. Tinha acabado de jantar, deitei-me no sofá e recebi uma chamada de um número dinamarquês. Atendi porque não tinha o número gravado. Do outro lado dizem: 'Olá, é o Brian Riemer' [selecionador dinamarquês]. Gelei e só consegui dizer: 'Olá, Brian'. Ele disse-me algumas coisas sobre como tem sido ver-me em campo depois de o Gyokeres se ter lesionado. E depois disse que planeia convocar-me e perguntou-me o que eu achava. Pensei em dizer 'caramba', mas acabei por dizer: 'É claro que quero'".
Foi o clique para ter depois a confirmação que iria ser convocado para defrontar Portugal num jogo muito importante para a seleção dinamarquesa. "Desliguei a chamada e comecei a chorar. Foram muitas emoções porque é algo por que lutamos toda a nossa vida. Quando algo assim tão grande acontece, é difícil de descrever. Liguei ao meu pai, porque ele foi uma grande parte disto, e ele ficou super orgulhoso", adiantou Harder.
Ao longo da entrevista, o avançado nórdico fez uma análise da carreira nos leões, mostrando-se satisfeito pelo impacto alcançado logo na época de estreia no futebol português. "Se me perguntasses há seis ou sete meses o que eu daria para estar onde estou agora, acho que daria muitas coisas. Nunca o imaginei, nem nos meus maiores sonhos. Acreditava que o conseguiria um dia, mas foi tudo tão rápido... É de loucos", explicou.
No final, Harder deixou ainda elogios a Gyokeres. "Há muitas coisas que se encaixaram e outras que não se veem de fora. Saí de casa pela primeira vez, longo dos meus pais. E também há alturas em que não jogo porque tenho aquele que é, provavelmente, o melhor avançado do Mundo à minha frente. Alguns períodos foram difíceis, mas foram seis meses absolutamente fantásticos".