Francisco López, em Aprilia, venceu este domingo a primeira "especial" do Rali Dakar2012, nas motos, na qual o melhor português fui Ruben Faria, em KTM, oitavo classificado em Mar del Plata, Argentina, com mais 1.18 minutos do que o chileno.
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López ganha nas motos, Faria foi oitavo, Rodrigues 15.º
Apesar de ser o "mochileiro" de Cyril Despres na KTM, Faria fez bastante melhor nos 57 quilómetros cronometrados do que o seu chefe de fila, que foi apenas o 13.º mais rápido, com mais 1.48 do que "Chaleco" López, e do que o português mais cotado, Hélder Rodrigues, em Yamaha, 15.º a 1.51.
O veterano Paulo Gonçalves, em Husqvarna, ficou logo atrás do campeão do Mundo, sendo o 16.º com mais 1.57 do que "Chaleco", enquanto Pedro Bianchi Prata, também em Husqvarna, fechou a lista dos portugueses, ao ser 56.º a 7.46 minutos do mais rápido.
Hélder Rodrigues, terceiro classificado no Rali Dakar e campeão do Mundo de todo-o-terreno em 2011, teve um problema eléctrico na sua Yamaha ainda no parque fechado e cumpriu o troço selectivo de forma cautelosa sem o "road book" elétrico, tentando "perder o menos tempo possível".
"A moto não pegou no parque fechado e tive de a trazer à mão até à partida. Depois desligámos a parte eléctrica do 'road book'. Agora só quando chegar ao final da etapa é que vamos tentar perceber o que é que está mal", frisou, antes de iniciar a ligação de 600 quilómetros até ao final da etapa, em Santa Rosa de la Pampa.
Rodrigues foi só três segundos mais lento do que o francês Cyril Després, um dos grandes candidatos ao triunfo, a par do espanhol Marc Coma, o vencedor de 2011.
"Chaleco" López terminou o troço seletivo realizado nas dunas de areia junto ao Oceano Atlântico, a sul de Mar del Plata, à frente de Marc Coma, em KTM, e do argentino Javier Pizzolito, em Honda, que gastaram mais 14 e 27 segundos, respectivamente.
Um total de 443 veículos (178 motos, 161 automóveis, 50 quads e 74 camiões) iniciaram hoje a 33.ª edição do Rali Dakar, que termina no dia 15 em Lima, após os concorrentes percorrerem 8.300 quilómetros, 4.200 dos quais em "especial", através da Argentina, do Chile e do Peru.
Como tem acontecido desde 2009, ano em que o rali se disputou pela primeira vez na América do Sul, o público compareceu em grande número à partida, provando que o desporto motorizado é uma importante componente da cultura desportiva sul-americana.
"Em África as pessoas viam-nos passar por curiosidade. Aqui é por paixão", disse o francês Stéphane Peterhansel, que procura conquistar um décimo triunfo na prova, aos comandos de um MINI.
A segunda etapa vai ligar Santa Rosa de la Pampa a San Rafael, num total de 781 quilómetros, 295 deles disputados contra o cronómetro, num percurso que começa com uma pista muito rápida, que depois dá lugar a dunas de areia cinzenta, cor que se deve à grande atividade vulcânica registada na região em 2011.