Internacional português conduziu o Manchester City à final da Liga dos Campeões, mas não é certo que continue no clube inglês na próxima época. Franceses apontam-no ao PSG
Corpo do artigo
A segunda mão da meia-final da Champions entre o City e o Real Madrid foi de brilho intenso para Bernardo Silva, autor dos dois primeiros golos da equipa treinada por Pep Guardiola, que abriram caminho a um triunfo convincente (4-0) e à passagem dos "cityzens" à final de Istambul com o Inter.
O médio-ala viveu mesmo uma noite de sonho, tornando-se o segundo futebolista português a bisar numa semi-final da liga milionária, depois de Cristiano Ronaldo, o que lhe valeu também chegar aos 100 golos na carreira (55 pelo City, 28 pelo Mónaco, 7 pelo Benfica B e 10 pela seleção de Portugal). No dia 10 de junho, vai disputar a segunda final da Liga dos Campeões da carreira, em busca do primeiro título na competição, depois de ter perdido a de 2021, diante do Chelsea. Na edição deste ano, soma três golos, a apenas um do máximo pessoal.
Aos 28 anos, na sexta época ao serviço do Manchester City, que o contratou ao Mónaco em 2017, por 50 milhões de euros, Bernardo é uma das peças mais importantes da equipa inglesa, mas no fim das últimas temporadas tem sido várias vezes apontado a outros clubes (no ano passado, foi pretendido pelo Barcelona). O próximo defeso voltará a trazê-lo para a crista da onda do mercado, sendo que esta semana o jornal francês L'Équipe fez manchete com o português, escrevendo que o PSG estará muito interessado em contratá-lo, caso se confirme a saída de Messi do clube parisiense.
Ligado contratualmente ao City por mais duas épocas, até junho de 2025, com uma cláusula de rescisão por oficializar, mas que a imprensa inglesa coloca num patamar a rondar os 60 milhões de euros, Bernardo Silva tem o futuro em aberto e, alegadamente, vontade de experimentar outros ares. Quem o quiser contratar terá de convencer Guardiola a deixá-lo sair (no final do jogo de quarta-feira com o Real Madrid, o técnico catalão chamou-lhe "um dos melhores jogadores" que já viu) e, claro, abrir os cordões à bolsa.
No City, o português ganha um salário mensal de 700 mil euros, à razão de 175 mil por semana, um valor que, ainda assim, fica longe do auferido pelo jogador mais bem pago do plantel, o belga Kevin De Bryune, que ganha cerca do dobro (345 mil euros semanais).
Triplete à vista
No final da segunda mão da eliminatória com o Real Madrid, Bernardo só abordou o futuro imediato, preferindo concentrar-se na possibilidade de ganhar finalmente a Liga dos Campeões, numa época em que está perto de conquistar a Premier League pela quinta vez (o City só precisa de mais uma vitória nos três jogos que tem para disputar e pode ser já campeão se ganhar no domingo em casa ao Chelsea) e ainda pode vencer a Taça de Inglaterra (final com o Manchester United a 3 de junho, em Wembley).
"Vamos dar o nosso melhor para agarrar esta oportunidade, que nos escapou há dois anos e na meia-final da época passada. Acima de tudo e dos meus dois golos está a qualificação para a final. Vamos tentar ganhar esta competição que tanto queremos. A minha exibição na primeira mão não foi a que eu queria e, por isso, quis compensar. Tinha de fazer melhor pela equipa e pelos adeptos", afirmou o internacional português.