Sérgio Oliveira começou a jogar no Paços de Brandão e logo se destacou nas bolas paradas. Afirma-se como jogador de elite.
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Toda a equipa foi absolutamente notável na epopeia de Turim, mas se for preciso associar um nome, só um, é fechar os olhos e pensar em Sérgio Oliveira. O médio do F. C. Porto, um dos capitães, foi decisivo ao bisar na derrota (3-2) com sabor a vitória frente à Juventus, na conversão de um penálti e de um livre direto, este já no prolongamento (115m).
"É um craque. Ele já aqui queria bater todos os cantos, penáltis e livres", conta ao JN Armandino Silva, antigo coordenador da formação do Paços de Brandão, clube da terra que viu nascer Sérgio Oliveira e onde o menino prodígio deu os primeiros pontapés na bola. "Ele chegou às escolinhas com sete anos e nem tinha idade para jogos oficiais. Jogava nos torneios e destacou-se num com equipas estrangeiras, uma delas era o Panathinaikos. Ganhámos esse jogo, 3-2, com um golo de canto direto do Sérgio Oliveira. Estavam muitos olheiros e passado algum tempo o F. C. Porto veio buscá-lo. Deram-nos mil euros", revela.
Na cantera azul e branca, Sérgio Oliveira integrou o projeto "Visão 611", direcionado para jovens talentos, que incluíam treinos específicos. "É talvez o produto mais bem conseguido desse plano, na altura sob a liderança do Antero Henrique e com a coordenação do Luís Castro. O Sérgio sempre esteve à frente do seu tempo e ainda como júnior foi emprestado a uma equipa belga. Sempre foi muito talentoso e forte nas bolas paradas. O golo que fez em Turim é de grande perspicácia", observa Rui Gomes, antigo treinador dos sub-17 e da equipa B do F. C. Porto. "Acho que lhe faltava atingir a maturidade que demonstra agora. Teve uma evolução extraordinária em termos mentais. Não protesta com os árbitros, não fala para os adversários e atingiu a estabilidade. Fico muito feliz por ele", diz o técnico, atualmente adjunto de Pedro Emanuel, no Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
O futebolista, 28 anos, renovou recentemente até 2025, e saiu valorizado da batalha transalpina. O jogador foi eleito o melhor em campo e teve a nota 7,5 (em 10) do "TuttoSport". "Consagrou-se como jogador top. Mostrou que pode jogar nos clubes mais importantes do mundo e, nesta altura, pode valer 40 milhões", diz ao JN Artur Fernandes, agente de jogadores.