O Mundial do Catar ficará para a história das grandes competições, seja pelo gasto megalómano na organização e, quiçá, pela candidatura, seja pela crítica desmedida a roçar muitas vezes a hipocrisia dos pseudoespecialistas, que dominam todos os temas da sociedade, seja culinária, guerra, economia, costura e até futebol...
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Enfim, seja pelas decisões milimétricas e pela aceitação natural, pelos resultados surpreendentes das supostas equipas secundárias ou até pelo ambiente esquisito, mas não menos surpreendente de um ambiente sem confusão e excessos fora dos estádios e nos bares que é normalíssimo nestes momentos desportivos.
Em relação à arbitragem também ficará na história, seja pela escolha "esquisita" dos árbitros presentes, seja pela histórica nomeação de árbitras pela primeira vez num mundial. É possível que este momento seja também político, mas não deixa de ser um claro sinal da evolução da arbitragem feminina a nível mundial.
Por fim, espera também a arbitragem portuguesa que o mundial do Catar 2022 fique na história por ser a última grande competição onde não esteve presente nenhum árbitro português.
Temos um cheirinho de arbitragem lusa, com a presença de Vítor Gomes, árbitro da África do Sul que é de descendência madeirense e que fala português com muito orgulho.Tambem a Stéphanie Frappart (primeira árbitra a dirigir um jogo num mundial) têm ligações ao nosso país, pois a mãe nasceu na cidade de Barcelos.
Mas sim, desejamos as maiores felicidades a estes dois colegas, mas não substitui de todo a nossa tristeza pela ausência dos nossos árbitros.
Apesar de toda a injustiça que sentimos, os nossos árbitros estão a torcer pela nossa seleção e pelo sucesso nacional.
*Pres. da Associação Nacional de Árbitros de Futebol