Final 4 da Liga dos Campeões totalmente portuguesa, que arranca este sábado, reflete consolidação da supremacia recente do hóquei nacional.
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Para qualquer conhecedor do fenómeno, discutir a ideia de que o campeonato português é, hoje em dia, o melhor do mundo tornou-se em algo corriqueiro, sobretudo pelos craques que a Liga continua a cativar e a reter. Os factos também dão sentido a essa perspetiva, com a Final 4 totalmente lusa da Liga dos Campeões, que se joga este fim de semana no Super Bock Arena, na cidade do Porto, a servir como mais um argumento para validar essa opinião.
Pela segunda vez, nas últimas quatro edições, um quarteto de equipas portuguesas apuraram-se para as meias-finais da principal competição europeia de clubes. A primeira aconteceu em 2021, numa fase final disputada no Luso, no concelho da Mealhada, e que foi ganha pelo Sporting. Os leões, tal como o F. C. Porto e a Oliveirense, repetem a presença, três anos depois, ao contrário do Benfica, afastado nos quartos de final pelo Óquei de Barcelos.
Para além disso, pela quarta vez em cinco anos, é certo que a final será disputada entre duas equipas portuguesas. Na época em que isso não aconteceu, em 2021/2022, os principais clubes europeus boicotaram a participação na prova, ganha pelo Trissino ao Valongo, que repetiu a presença na final no ano passado, que voltou a perder, mas para o F. C. Porto (5-1).
Os dragões quebraram, em Viana do Castelo, um longo jejum de vitórias na prova, que durava desde 1990, mas têm sido presença habitual nos momentos de decisão. Foram mesmo finalistas em quatro das últimas cinco edições, perdendo duas delas para o Sporting e outra para o Barcelona, de longe o clube mais bem-sucedido na competição, com 22 títulos, mas que não chega a uma final desde 2018, quando ganhou a Champions pela última vez.
Vencedor, esta época, da Taça Continental, da Taça de Portugal e da fase regular da Liga portuguesa, o F. C. Porto terá como fator extra de motivação o facto de jogar a Final 4 da Liga dos Campeões em "casa". Não no Dragão Arena, mas num pavilhão icónico na história da cidade Invicta, hoje denominado Super Bock Arena, e com forte tradição no hóquei em patins. Foi ali que Portugal se sagrou campeão do Mundo por cinco vezes, mas também onde os portistas perderam uma final da Champions para o Barcelona, em 2000, que terminou de forma tumultuosa.
As meias-finais da prova arrancam, hoje, com o clássico entre F. C. Porto e Sporting. Segue-se o duelo entre Óquei de Barcelos, vencedor da prova em 1991, e a Oliveirense, finalista derrotada em 2016 e 2017. A final joga-se amanhã, domingo.