Seleção sub-17 trouxe mais um título europeu para Portugal, premiando bom trabalho de atletas, clubes e federação.
Corpo do artigo
As seleções jovens nacionais estão a atravessar um momento dourado de conquistas e títulos, espelhado, recentemente, com o bicampeonato europeu alcançado pela seleção sub-17, frente à eterna rival Espanha. O êxito desta nova vaga de talento do hóquei em patins nacional não se resume apenas ao que tem sido feito no terreno de jogo, pois tem havido um ecossistema de trabalho, prospeção e articulação entre a Federação e os clubes.
O selecionador Hugo Azevedo, que orientou a equipa técnica dos sub-17 ao longo do percurso vitorioso, acrescentou mais um ingrediente de sucesso. “Para além da qualidade individual, o que mais nos impressionou foi a entrega, a determinação, a capacidade de sacrifício e a humildade que mostraram”, partilhou com o JN.
O técnico, de 42 anos, que acumula o cargo de selecionador com o de treinador no Juventude Pacense, aponta que estas qualidades são fruto de um trabalho coordenado, favorável à excelência: “Existe um contacto constante entre a Federação, os treinadores e os clubes. Este título acaba por ser, claramente, um título nacional”, completou.
Para a defesa deste título europeu, Hugo Azevedo selecionou 10 atletas, mas garantiu que, nas fileiras nacionais, havia muitos mais com potencial para estar no grupo final, num claro sinal de que o futuro está assegurado. “Há certamente outros que também podiam estar neste grupo, mas temos de fazer escolhas”, considerou.
Já o presidente da Federação de Patinagem, Luís Sénica, viu neste título uma “demonstração de determinação, de vontade e de confiança naquilo que está a ser feito pela Federação e pelos clubes”. “Todas essas sinergias são importantes para um trabalho onde os sub-17 são a porta de entrada de um trajeto consolidado, com regras e competência, quer dos atletas e dos técnicos, como dos clubes”, afirmou.
E, numa era em que todas as modalidades competem entre si para cativar a atenção dos jovens, o hóquei em patins português tem como trunfo estes grandes títulos internacionais. “Somos uma modalidade bastante acarinhada em Portugal e com uma vasta história de conquistas. Isso é fundamental para recrutarmos mais jogadores e manter uma base de talento”, concluiu.
Os novos craques do hóquei nacional
No talentoso grupo de 10 jogadores que conquistaram o título europeu de sub-17, vários nomes vão certamente entrar no futuro vocabulário do hóquei em patins nacional. O guarda-redes João Antunes, do Benfica, protagonizou defesas decisivas, nomeadamente, na final. Martim Nunes, também do Benfica, foi o artilheiro da seleção, com quatro golos à Inglaterra e dois à França. Já Martim Oliveira, da Oliveirense, destacou-se com um hat-trick frente à Inglaterra, marcando também à Itália. Henrique Costa (Sporting), Afonso Oliveira e Duarte Ferreira (ambos da Oliveirense) assinaram golos importantes ao longo do torneio, em Itália.