Hóquei pede mais apoios rumo ao Mundial 2022

A seleção nacional de hóquei em patins inicia, no próximo dia 7, a defesa do título mundial conquistado em 2019. O Campeonato do Mundo, que termina a 13 de novembro, terá lugar em San Juan, na Argentina, destino que fez disparar as despesas e que tornam ainda mais complicadas as finanças da Federação de Patinagem de Portugal (FPP) que, segundo apurou o JN, alegou já ter ultrapassado o orçamento de 2022, de 2,7 milhões de euros. Esse cenário é, aliás, comum a muitas outras federações desportivas nacionais.

Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, a FPP já solicitou um apoio extra ao Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), sendo que o processo se encontra em fase de análise, não existindo qualquer garantia que o mesmo seja aprovado ou, se o for, que a verba em causa - na ordem das dezenas de milhares de euros -, possa ser libertada pelo Instituto antes do Mundial.

Em causa está o facto de os pedidos de ajuda por parte das federações junto do IPDJ terem disparado desde o início da crise financeira mundial motivada, sobretudo, pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia no último mês de fevereiro. Os preços das viagens aéreas triplicaram, enquanto os valores pedidos por alojamento e alimentação também atingiram níveis inimagináveis há um ano e deitaram por terra todas as perspetivas.

A título de exemplo, uma federação que tivesse, em 2021, previsto um orçamento de 500 mil euros para este ano viu as despesas subirem entre 100 a 200 mil euros, situação que depauperou as finanças de várias federações. Além da de patinagem, as de râguebi e de ciclismo - entre muitas outras - também já fizeram entrar pedidos de apoio extra no IPDJ.

Apesar das dificuldades, o JN sabe que a presença da seleção nacional de hóquei em patins no Campeonato do Mundo não está em causa e Portugal vai mesmo defender o título conquistado há três anos. O JN questionou a FPP sobre o pedido de apoios, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.