Carlos Queiroz pondera pedir uma indemnização à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pela rescisão unilateral de um contrato com mais dois anos de duração. Nesse caso, a verba podia chegar aos quatro milhões de euros.
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"Há duas formas de terminar um contrato. Com causa ou sem causa. Se termina sem causa, há que indemnizar", afirmou o causídico, insistindo que "não há acordo". Porém, ressalvou que ainda não conhecia os fundamentos da decisão da FPF. Rui Patrício soube da decisão na sede da Federação, uma vez que, ontem, decorreu a inquirição das testemunhas abonatórias de Carlos Queiroz no Conselho de Disciplina. E falou de uma decisão já há muito esperada.
"É uma reacção de surpresa, desapontamento. É a crónica de um despedimento anunciado de há várias semanas", referiu Rui Patrício.
O advogado do treinador sublinhou que não esperava que a decisão fosse tomada nesta altura.
"Esperava pela conclusão dos processos, uma vez que estão a meio. Era um despedimento anunciado. Quando vinha para aqui, não sabia se vinha para uma inquirição de testemunhas ou para um velório", completou.
Eventual queixa à FIFA
Questionado sobre um alegado envolvimento governamental na decisão da direcção da Federação, Rui Patrício recusou acreditar no cenário - "Espero bem que não" -, mas que, se tal se confirmar, o ex-seleccionador nacional vai queixar-se à FIFA. Recorde-se que o organismo que dirige o futebol mundial não permite a ingerência da política no futebol.