A Inglaterra quebrou a malapata e está pela primeira vez na final do Europeu, depois de ter ganho, esta quarta-feira, à Dinamarca, por 2-1, em Wembley, no prolongamento da segunda meia-final, e vai disputar, no domingo, o título com a Itália.
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Os ingleses, que até aqui nunca tinham chegado sequer a uma final do Campeonato da Europa, tiveram uma entrada muito forte na partida, a pressionar junto à área dinamarquesa, com Sterling a rematar ao lado, após cruzamento de Harry Kane da direita.
Mas se há coisa que os nórdicos mostraram ao longo da competição foi uma grande capacidade de reagir às adversidades e, em Wembley, voltou a assistir-se a isso mesmo. Resistiram aos primeiros minutos de sufoco e na primeira oportunidade foram para a frente e causaram calafrios aos britânicos.
Damsgaard deu o primeiro aviso, num remate em arco que saiu ao lado do poste esquerdo, e pouco depois, em cima dos 30 minutos, de livre direto colocou a equipa em vantagem com um grande golo. O primeiro tento sofrido pelo conjunto orientado por Gareth Southgate na competição.
Veja o golo de Damsgaard (0-1):
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Oito minutos volvidos, o guarda-redes Kasper Schmeichel negou com o peito o golo do empate a Sterling.
No entanto, a Inglaterra chegou mesmo à igualdade no lance seguinte. Do meio-campo Kane lançou Saka para o ataque, que já na área cruzou para a entrada de Sterling, com o central Kjaer tentar cortar e a introduzir a bola na própria baliza.
Veja o autogolo de Kjaer (1-1):
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O empate ao intervalo era mais do que justo, face ao espectáculo protagonizado pelas duas equipas, que deram aos cerca de 60 mil adeptos na bancada emoção q.b. e futebol de primeira qualidade.
No segundo tempo o ritmo de jogo manteve-se elevado. Logo aos 51 minutos, Dolberg atirou para grande defesa de Pickford, mas o lance foi anulado por fora de jogo do dinamarquês.
Os "três leões" não demoraram a responder, com Maguire a saltar mais alto que a defesa contrária e a cabecear, obrigando Schmeichel a esticar-se para desviar a bola da baliza.
Com o passar do tempo, as duas formações começaram a arriscar mais, a bola rolou com mais perigo em cada uma das áreas e o golo esteve cada vez mais iminente.
Os treinadores mudaram algumas peças no puzzle para tentar surpreender o adversário. E o inglês Mount, num cruzamento na área, quase marcava, valendo o desvio para canto do guardião dinamarquês.
Nos últimos 10 minutos, o cansaço apoderou-se os jogadores, ainda assim os anfitriões pressionaram um pouco mais, mas faltou-lhes imaginação frente a uma defesa que raramente se desarmou. Por seu lado, os dinamarqueses foram aguentando as investidas à espera de uma falha para contra-atacar.
Os da casa tentaram o tudo por tudo para resolver nos 90 minutos, contudo o marcador não voltou a mexer e o jogo foi mesmo para o prolongamento.
O tempo extra iniciou-se com uma boa defesa de Schmeichel a remate de Kane, seguindo-se várias situações de perigo para os ingleses, que não arredaram pé do meio-campo nórdico na busca do tão desejado golo.
Aos 102 minutos, o árbitro assinalou penálti por falta de Maehle sobre Sterling, que aproveitou o toque para se deixar cair e o VAR validou a decisão do árbitro. Chamado a marcar o castigo máximo, Kane viu Schmeichel defender o remate, mas o guarda-redes não segurou a bola e o 9 da Inglaterra na recarga não falhou e atirou certeiro para o 2-1. Um tento que os ingleses já justificavam há alguns minutos.
Veja o golo de Kane (2-1):
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Com o segundo golo, os ingleses baixaram no terreno e deram espaço à Dinamarca para crescer e fazer o que ainda não tinha conseguido no prolongamento: criar perigo num remate de Braithwaite, que o guarda-redes Pickford desviou para canto.
Com o susto, os britânicos procuraram segurar mais a bola para evitar novos calafrios defensivos. Na frente, Sterling ainda teve a oportunidade de aumentar a vantagem, mas Schmeichel travou o remate.
A final entre a Itália, vencedora em 1968 e finalista derrotada em 2000 e 2012, e a estreante Inglaterra está marcada para domingo, dia 11, pelas 20 horas, no estádio de Wembley, em Londres.