O Inter Milão arrecadou a 20.ª liga italiana em futebol, sucedendo ao "desaparecido" Nápoles, quando faltam cinco jornadas para terminar a edição 2023/23 da prova, que se revelou um autêntico passeio para os "nerazzurri".
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Há quase um ano, o Nápoles celebrou o terceiro título de campeão italiano, o primeiro sem Maradona, mais de três décadas depois das celebrações em 1986/87 e 1989/90, igualando o registo da Roma.
Hoje, o Inter isolou-se no segundo lugar, com 20 campeonatos, desempatando, precisamente, com o AC Milan, que tem 19, ambos muito longe da recordista Juventus (36 títulos).
Depois de duas épocas sem ganhar o campeonato, a equipa comandada por Simone Inzaghi, que está no cargo há três anos, voltou a sorrir, num ano em que saiu precocemente da Liga dos Campeões, aos pés dos espanhóis do Atlético de Madrid, nos oitavos de final, e da Taça de Itália, que ergueu nas últimas duas edições.
No Giuseppe Meazza, situado no bairro de San Siro, os "nerazzurri", que tinham empatado na receção ao Cagliari (2-2), na ronda anterior, impuseram-se esta segunda-feira por 2-1, frente ao rival milanês.
Desta forma, o Inter dilatou a vantagem pontual no topo da classificação, amealhando, agora, 86, contra os 69 do AC Milan, segundo colocado, e 64 da Juventus, terceira.
O passeio tranquilo na Serie A começou a desenhar-se logo no início da época com cinco triunfos seguidos, antes de averbar aquele que foi, até ao momento, o único desaire, na receção ao Sassuolo (1-2), na sétima jornada, e que estragou o registo imaculado.
Até ao final do ano, consentiu apenas três empates, diante de Bolonha (2-2), Juventus (1-1) e Génova (1-1), naquele que foi o último desafio de 2023, sendo que, uma semana antes, tinha sido afastado da Taça de Itália pelo Bolonha (1-2), após prolongamento.
Se o início de temporada deu o ímpeto necessário para a conquista 20.º "scudetto", o arranque em 2024 deixou claro que, dificilmente, o cetro iria fugir aos "'nerazzurri", que somaram 10 triunfos seguidos, enquanto os perseguidores iam perdendo pontos.
Pelo meio, em 22 de janeiro, conquistaram a Supertaça de Itália, ao bater na final, disputada em Riade, o Nápoles (1-0), graças ao golo do ponta de lança argentino Lautaro Martínez, o artilheiro da equipa, com 23 golos na Serie A, 26 em toda a época.
Além de Martínez, quase sempre acompanhado no ataque por Thuram (12 golos e sete assistências), os defesas Benjamin Pavard, Francesco Acerbi e Alessandro Bastoni foram peças basilares na defesa de três centrais, sem esquecer o guardião Yann Sommer, no ano de estreia pelo clube.
Se Denzel Dumfries e Matteo Darmian foram-se revezando na ala direita, Federico Dimarco, à esquerda, foi a aposta preferida de Inzaghi, que teve o trio de meio-campo composto habitualmente por Henrikh Mkhitaryan, Hakan Çalhanoglu e Nicolò Barella.
Em 13 de março, chegou o momento menos bom da temporada, a eliminação surpresa da Champions, uma vez que o Inter tinha vencido os 'colchoneros' no Giuseppe Meazza, por 1-0, mas acabou por fracassar em Madrid (3-1), após prolongamento.
Contudo, a equipa não se desmoronou, apesar do quarto empate no campeoanto poucos dias depois, na receção ao Nápoles (1-1), seguindo-se duas vitórias, antes do 'tropeção' ante o Cagliari.
Até final, o novo campeão transalpino ainda vai defrontar o Torino, Sassuolo, Frosinone, Lazio e Verona.