SAD vitoriana pondera fazer sessões de esclarecimento antes da assembleia-geral decisiva de 3 de março.
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Os associados vão decidir na assembleia-geral de 3 de março se o pré-acordo definido com a V Sports, do egípcio Nassef Sawiris e que detém o Aston Villa, será formalizado. Apesar de já ter sido estabelecido que o V. Guimarães continua como acionista maioritário da SAD - o investidor apenas garante 46% do capital social -, os sócios ainda aguardam por esclarecimentos adicionais e, por isso, têm dúvidas sobre o plano de negócio e quais serão as contrapartidas que o clube minhoto irá receber, de acordo com declarações recolhidas pelo JN junto de três associados.
Nesse sentido, a SAD pondera realizar sessões de esclarecimento para que os sócios sejam esclarecidos antes da assembleia-geral que servirá para ratificar, ou não, a possibilidade de entrar um investidor externo. Das informações já prestadas, o negócio rende de 5,5 milhões de euros imediatos, correspondentes a 46% do capital social, o que permite ao clube manter-se como acionista maioritário. Em termos de retribuição das ações, apenas 3,16% do capital social está disperso por pequenos acionistas.
Segundo a revista Forbes,, Nassef Sawiris é o 326º homem mais rico do Mundo, com uma fortuna avaliada em 7,3 biliões de euros. Além de ser proprietário do Aston Villa, clube da Premier League, detém 5% da empresa Madison Square Garden Sports, proprietária das equipas New York Knicks (NBA) e NHL Rangers (hóquei em gelo).
Se o negócio avançar, o V. Guimarães vai liquidar a dívida à MAF, anterior sócio maioritário, dado que a recompra das ações vinha a processar-se por fases. "Desde a primeira reunião descobrimos que o Nassef Sawiris é um homem de compromissos sérios e disponível para ser o parceiro certo que o Vitória precisa neste momento importante da nossa história", disse o presidente António Miguel Cardoso.
Em resultado do pré-acordo, o possível parceiro da SAD vai suportar o investimento de dois milhões de euros em infraestruturas, a aplicar em dois anos, tornando ainda possível uma linha de crédito até 20 milhões de euros, com taxa de juro sob condições preferenciais.
Nuno Saavedra
"Ainda tenho muitas reticências. A entrada de um investidor é inevitável, mas não sei se o clube está preparado para um investidor"
Adelino Carneiro
"Acho que o valor do investimento é baixo, mas agrada-me que o Vitória seja sócio maioritário. Vamos aguardar pela assembleia- geral"
Sérgio Silva
"Penso que é um bom negócio para o clube. Se vier para ajudar o Vitória a crescer e a lutar pelos primeiros lugares, será bem-vindo"