O ciclista português conquistou, esta quinta-feira, a medalha de prata em omnium, no ciclismo de pista, e, poucos minutos depois de subir ao pódio, não escondeu a alegria e o orgulho por ser o segundo atleta luso a chegar às medalhas em Paris 2024.
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"É difícil descrever o que sinto neste momento. Foi uma tarde muito intensa, a concorrência estava forte. Tive uma queda há três semanas, não sabíamos como ia estar em termos físicos, mas o dia foi correndo bem. Fiz uma corrida praticamente perfeita, joguei taticamente e fui acreditando aos poucos. Na última prova ainda acreditei que era possível chegar ao ouro, ataquei perto do fim, mas o francês estava muito forte e foi um justo vencedor", resumiu Iúri Leitão, aos microfones da RTP.
O ciclista de Viana do Castelo lamentou, porém, o sucedido na corrida de eliminação - a terceira das quatro provas que compõem o omnium -, quando ficou apenas na sétima posição, depois de não ouvir a sineta a indicar que se ia entrar numa volta a eliminar.
"Se não tivesse sido a situação da sineta a corrida podia ser outra, mas não me quero estar a desculpar. Eu não ouvi, se foi tocada foi tocada muito tarde e pensei que a eliminação ia ser na volta a seguir. Mas temos de seguir em frente, porque não vale a pena estar a pensar isso, porque os erros acontecem. Não vou dizer que não foi culpa minha, mas não havia nada que pudesse fazer. Vou rever a corrida e tirar as conclusões", explicou.
Iúri Leitão junta a prata olímpíca ao estatuto de campeão do Mundo de omnium conquistado em 2023 - "temos feito um trabalho muito sério e merecemos o que acabámos de conquistar" -, salientando o facto de ter tido, pela primeira vez em provas internacionais, o apoio da namorada.
Depois de se ter emocionado no pódio, o tempo devia ser de festa, mas: "Agora é tempo de recuperar e não de celebrar, porque no sábado há mais [prova de madison, com Ivo Oliveira] e tenho de ser sério com o meu companheiro e com o meu país".