
Esta foi a terceira medalha em Mundiais para Iúri Leitão
Foto: Federação Portuguesa de Ciclismo
O ciclista português Iúri Leitão conquistou, na quinta-feira, a medalha de bronze na prova de scratch dos Mundiais de ciclismo de pista, em Santiago do Chile, depois de ter sido dado inicialmente como sexto classificado.
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O alemão Moritz Augenstein sagrou-se campeão mundial, à frente do neerlandês Yanne Dorenbos, com Leitão, campeão olímpico de omnium e madison, ao lado de Rui Oliveira, em Paris2024, em terceiro.
Após passar naquela que seria a penúltima passagem pela meta, Iúri Leitão levantou o braço em protesto, por considerar que já tinham sido cumpridas as 40 voltas da disciplina, com os restantes ciclistas a sprintarem até final, tendo o português inicialmente surgido como sexto posicionado.
Esta foi a terceira medalha em Mundiais para Iúri Leitão, depois do ouro conseguido em 2023, no omnium, e da prata em eliminação nos Mundiais de 2021, além de quatro títulos europeus de scratch e um na corrida por pontos.
"Primeiro, foi dada uma volta a mais do que aquilo que deveriam fazer e, depois, o Iúri foi prejudicado numa abordagem à volta final pelo movimento do belga [Jules Hesters] que o obrigou a subir na pista. Nessa volta, o Iúri passa em quarto lugar, mas, após a revisão da corrida pelos comissários, o belga foi relegado e nós fazemos terceiro lugar", explicou à agência Lusa o selecionador português.
Gabriel Mendes lamentou, contudo, que o movimento do Hester tenha prejudicado a possibilidade do primeiro lugar, "porque o Iúri vinha a ultrapassá-lo e essa ação acaba por prejudicar e tirar a possibilidade de fazer melhor"
"No entanto, foi um excelente resultado que obtivemos e, portanto, essa é uma situação que não poderíamos controlar", assumiu.
Durante as 40 voltas ao velódromo de Santiago, o campeão europeu da especialidade apenas passou uma vez na frente do pelotão, logo nos primeiros metros, acabando sempre depois por estar mais na segunda metade do grupo.
Esse posicionamento acabou por fazer com que parecesse ter sido surpreendido nos poucos ataques que houve ao longo da corrida, mas acabou sempre por recuperar lugares.
A aceleração definitiva acabou por acontecer a 12 voltas da meta, com Iúri Leitão a ficar num terceiro grupo, mas, com um grande esforço, acabou por recuperar e estava, à entrada para a derradeira volta, na luta pelas medalhas, que acabaria mesmo por conquistar, embora apenas após o protesto luso.
