
Jenni Hermoso ao lado das colegas da seleção espanhola
Jaime Lopez / AFP
A futebolista Jenni Hermoso volta ao ataque com acusações nas redes sociais e sai em defesa das jogadoras que não querem representar a seleção espanhola feminina.
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A polémica está para durar e a jogadora Jenni Hermoso acusa a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) de "intimidar e ameaçar" as jogadoras depois do título mundial de futebol feminino. Em causa está a decisão federativa de punir as atletas que renunciaram a convocatória para os jogos da Liga das Nações.
"As jogadoras têm muita clareza de que se trata de mais uma estratégia de divisão e manipulação para nos intimidar e ameaçar com repercussões jurídicas e sanções económicas", escreveu Jenni Hermoso nas redes sociais, futebolista que foi beijada na boca por Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola, após a conquista do título mundial.
Na semana passada, 39 jogadoras, incluindo aquelas que estiveram no Campeonato do Mundo, emitiram um comunicado para destacarem que não estavam reunidas as condições para representarem a seleção espanhola contra a Suécia e a Suíça, na Liga das Nações, prova que apura as seleções europeias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Nesse sentido a RFEF tomou uma decisão musculada e anunciou multas pesadas e uma suspensão de dois a 15 anos a quem renunciasse a seleção espanhola. "Quero mostrar todo o meu apoio às minhas colegas que hoje foram surpreendidas e forçadas a reagir a mais uma situação infeliz causada pelas pessoas que hoje continuam a tomar decisões dentro da RFEF", escreveu Jenni Hermoso.
Curiosamente, Hermoso não foi convocada para os dois jogos, porque a selecionadora Montse Tomé entendeu que a jogadora devia ser "protegida", uma decisão que não foi bem acolhida. "Proteger-me de quê? Ou de quem?", questiona Hermoso.
