O técnico do Sporting, Jesualdo Ferreira, admitiu, esta quinta-feira, que o lateral esquerdo Insúa poderá mesmo ser transferido ao Grémio. A necessidade de encaixe financeiro é premente por parte da SAD e, se assim acontecer, os leões vão ao mercado por alternativas. Na antevisão ao jogo desta sexta-feira, com o Beira-Mar, o responsável assegura que a equipa, após dois triunfos, está mais forte desportivamente e no capítulo da confiança.
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O Grémio apresentou uma proposta por Insúa que foi, inicialmente, recusada pelo Sporting, mas os brasileiros vão voltar à carga e a venda é bastante provável, dada a má situação financeira do Sporting.
"Foi dito por mim, na sequência das posições da direção, que há necessidade de um reequilíbrio financeiro. Será sempre a primeira questão a ponderar. O aspeto técnico é importante, porque ai está o equilíbrio. Insúa tem uma proposta que pode ser bastante vantajosa para o Sporting. Se sair temos de ter soluções e estamos a pensar nisso. O Sporting pode ter de recorrer ao mercado para suprir esta falta. É uma questão de estratégia do clube. Garantimos que estamos cá nós para assegurar solução que são sempre de risco para nós do que benefício", explicou.
O técnico referiu ainda que a chegada do guardião Ventura ainda não é um dado certo, que Labyad não está sequer apontado ao F. C. Porto e que o interesse em Babá é de difícil concretização.
Ao mesmo tempo que garante que os leões vão atrás da terceira vitória consecutiva, em casa, frente ao Beira-Mar, em jogo da 15ª jornada da Liga.
"O Beira-Mar perdeu o último jogo em casa, aposta no jogo rápido da linha ofensiva. Mas vamos atacar, assumir o jogo, vamos querer jogar e criar mecanismos para que o Beira-Mar não possa jogar. Já conseguimos em Olhão e vamos conseguir agora, apesar da pressão do nosso público. Não acredito que venha jogar aberto, vai fechar-se, jogar tudo no nosso erro e num lance fortuito fazer golo. Temos de controlar o jogo e colocar perguntas a que eles não saibam responder", referiu.
Por fim, o técnico mostrou-se perplexo com o facto de o seu nome aparecer nas fichas de jogo ainda como delegado e não como treinador, por causa de uma burocracia da Liga: "Não aparece porque não tenho a cédula de treinador. Ao fim de 40 anos... Tenho tudo no máximo dos escalões da FIFA mas como não tenho uma cédula que não sei o que é, não posso estar no banco... É ridículo. Tratei do que era possível quanto aos documentos que me exigiram. Sou delegado, nunca fui, sou agora. Mas não sou o único caso...", explicou.