O momento não está para graças no F. C. Porto e foi com um ar tenso, que depois se foi desvanecendo, que Jesualdo Ferreira abordou o jogo que poderá dar ao F. C. Porto a passagem, pelo segundo ano consecutivo, aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
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O treinador dos dragões começou por dizer que, "quando por vezes as coisas não correm bem, a melhor forma de as querer alterar é jogar", deixando no ar a ideia de que o embate de hoje com o Arsenal pode ser a oportunidade ideal para os portistas esquecerem, de vez, os recentes maus resultados.
"Este é um jogo que teremos de disputar durante 90 ou 120 minutos. Será, com toda a certeza, uma partida dividida. Em relação à primeira mão, a diferença para o Arsenal traduz-se pelo ambiente e pelo apoio dos seus adeptos. Pela nossa parte, não há como esconder que um golo de avanço é pouco para conferir alguma vantagem. Temos de fazer golos e vamos lutar até aos limites para que possamos voltar a apurar-nos", referiu Jesualdo, desvalorizando a ausência de Fàbregas no Arsenal e o facto de, habitualmente, o F. C. Porto não se sair bem nas viagens a Inglaterra.
"Há sempre uma primeira vez... A verdade é que, em cinco jogos entre as duas equipas, ganhámos dois, perdemos dois e empatámos um. Temos as nossas armas e todos os cenários são possíveis. Temos consciência das nossas qualidades, mas também sabemos que é muito difícil jogar aqui".
Rúben Micael motivado
Pronto para fazer o segundo jogo pelo F. C. Porto na Champions, Rúben Micael mostrou-se tranquilo perante holofotes mais fortes do que aqueles a que estava habituado. O médio revelou estar a 100% do ponto de vista físico, sem sinais dos problemas no ombro que o têm afectado nas últimas semanas, e recusou a ideia de que a confiança dos dragões possa ter ficado abalada com os últimos resultados. "Quando uma equipa que está a disputar os oitavos-de-final da Champions se sente abalada... Queremos fazer um bom jogo e passar", afirmou, pouco preocupado com a possibilidade de muitos olhos se apontarem na sua direcção no estádio do Arsenal: "Todos os jogos me motivam e só me preocupam os olhares do treinador". Novamente questionado sobre o segundo golo do F. C. Porto na primeira mão, Rúben respondeu de forma incisiva. "No futebol português, os árbitros não deixam jogar. Ainda bem que na Champions deixam...".