Revoltado com o trabalho de Carlos Xistra, Jorge Jesus não poupou críticas ao árbitro de Castelo Branco, mal terminou a partida de Coimbra. Na primeira reação, aos microfones da SportTV, o técnico encarnado falou em tom cáustico: "Não vamos branquear nada.
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O que se passou hoje [sábado] aqui foi uma vergonha. Nos primeiros 15 minutos, podíamos estar a ganhar por 3-0. A Académica nada tem a ver com o assunto, mas as grandes penalidades são inexistentes, a primeira do Maxi é fora da área e a segunda com o Garay, se fosse no basquetebol, era falta ofensiva".
"Jogámos o suficiente para sair daqui com três ou quatro golos de vantagem, mas a arbitragem condicionou o nosso trabalho.
Podíamos ter feito um jogo excelente, mas fomos sempre condicionados e tivemos sempre de andar a correr atrás do prejuízo. Foram dois lances mal analisados e que nos impediram de ganhar", vincou Jorge Jesus, inconformado com o segundo empate consentido na Liga, depois do empate (2-2) na ronda inaugural, na receção ao Braga.
Mais a frio, na sala de imprensa, Jorge Jesus praticamente repetiu a mesma ideia defendida minutos antes e não respondeu a quaisquer questões. "O que se passou aqui é complicado", suavizou, voltando depois à carga: "São dois penáltis mal assinalados. O Maxi é fora da área e o Garay sofre uma falta ofensiva. Merecíamos sair daqui vencedores".
No final de uma semana em que houve compromisso europeu, diante do Celtic (0-0) na Liga dos Campeões, Jorge Jesus disse ter saído "triste" de Coimbra. "Pelo resultado e pelos jogadores, que tudo fizeram para alcançar a vitória. Saio também triste pela arbitragem, que nos condicionou completamente".
A terminar a intervenção, o treinador encarnado dirigiu palavras à Académica: "Fez o seu trabalho e não tem culpa nenhuma do que se passou".