Os dois portugueses que brilharam na Volta a Itália regressaram esta segunda-feira a Portugal, onde foram recebidos por vários familiares a adeptos no Aeroporto Humberto Delgado.
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O ciclista João Almeida ainda não assimilou o que conquistou na Volta a Itália, que terminou na quarta posição, mas coincidiu com o "rei da montanha" Ruben Guerreiro no balanço positivo que fazem da presença no Giro.
"É um balanço mais do que positivo, estou muito satisfeito. Começámos com a camisola um dia, fomos vendo dia a dia até onde poderíamos chegar, e 15 dias como líder foi surpreendente. É um momento sem palavras, e só quem viveu a corrida pode sentir o mesmo que eu senti", descreveu João Almeida, numa conferência improvisada, em Lisboa, depois de ter sido recebido, tal como Ruben Guerreiro, com palmas por amigos, familiares e curiosos que circulavam no Aeroporto Humberto Delgado.
"Quarto lugar na geral, 15 dias de rosa... ainda não sei bem o que fiz", acrescentou o corredor de 22 anos, que foi também o sub-23 mais bem classificado na prova, na qual bateu o recorde de mais dias como líder de um ciclista com menos de 23, superando, inclusive, Eddy Merckx.
Além do quarto lugar final na geral do Giro, Portugal pôde também celebrar a conquista inédita de Ruben Guerreiro (Education First), o primeiro ciclista nacional a vencer uma das quatro principais classificações em grandes Voltas e a subir ao pódio final como "rei da montanha".
"Tenho muito orgulho. O meu objetivo e o da equipa era lutar por uma etapa. Depois daquela etapa, a camisola foi um bónus, pelo que tinha de tentar mantê-la até ao fim. Foi uma luta muito difícil, mas com muito esforço e apoio dos meus companheiros lá conseguimos. Faço um balanço bastante positivo destas três semanas. Foi só a segunda grande Volta que fiz, estou satisfeito com as minhas sensações", disse Ruben Guerreiro.
A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou no domingo, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS).