O sonho cor de rosa está perto de acabar. João Almeida resistiu como pôde na etapa rainha da Volta à Itália, mas perdeu a liderança após quebrar no Passo di Stelvio, caiu para quinto da classificação geral e viu Wilco Kelderman ascender ao topo da classificação geral. O português ficou a 2.16 minutos da camisola rosa, mas mantém todas as hipóteses de fazer um top 5 ou mesmo de fechar no pódio do Giro.
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A etapa foi conquistada por Jai Hindley, da Sunewb, que bateu Tao Geoghegan Hart ao sprint , com Pello Bilbao a assinar uma recuperação fantástica na derradeira ascensão do dia, depois de ter sofrido, tal como João Almeida e Vincenzo Nibali, no Passo di Stelvio, uma subida de categoria especial a meio da tirada.
O "monstro branco", com 25 quilómetros de extensão e uma pendente média de 7,5%, fez, como se esperava, muitas diferenças e João Almeida quebrou cedo e apesar de ter, a espaços, o apoio do companheiro de equipa Fausto Masnada, foi vendo a diferença subir em relação aos mais diretos rivais.
O segundo da geral, Wilco Kelderman, também não conseguiu seguir no ritmo de Tao Geoghegan Hart e do companheiro de equipa Jai Hindley, mas acabou por reduzir as perdas na descida e na última subida, de primeira categoria, tornando-se no novo líder da geral.
Apesar de ter descolado muito cedo, João Almeida também minimizou as perdas e fechou a tirada no sétimo lugar a 4.50 minutos do vencedor, passando, agora, a ser o quinto da geral, a 2.16 minutos de Kelderman.
O holandês, que passa a vestir de rosa, tem uma curta margem de 12 segundos sobre o companheiro de equipa Jai Hindley e 15s em relação a Tao Geoghegan Hart. Bilbao subiu a quarto, a 1.19m da liderança, mas só tem 57 segundos de vantagem em relação a João Almeida que, na teoria, levará vantagem sobre o espanhol no contrarrelógio.
A 18.ª etapa do Giro não teve apenas más notícias para as cores portuguesas. Ainda antes do início da tirada, Giovanni Visconti desistiu da prova e deixou Rúben Guerreiro mais à vontade na liderança dos trepadores, com o luso da Education First a integrar a fuga do dia e a somar pontos que lhe garantem manter a camisola azul até ao final do Giro e tornar-se no primeiro português a conquistar esse estatuto.
A etapa de sexta-feira é plana e propícia aos sprinter, enquanto a montanha volta no sábado, antes do fecho do Giro no domingo, com um contrarrelógio de 15,7 quilómetros em Milão.