Médio internacional português bisou e resolveu a questão em Arouca, com o ponta de lança croata a sair do banco para fechar as contas. Encarnados seguem imparáveis no campeonato
Corpo do artigo
O líder Benfica passou com distinção em Arouca, com João Mário a assumir o papel de figura principal num elenco encarnado que conseguiu sobreviver às ausências do goleador e do dínamo até aqui, Enzo Fernández, este último de forma irreversível.
Quiseram as circunstâncias que águias e arouquenses se defrontassem sem os seus homens-golo, pela lesão de Gonçalo Ramos e pelo imbróglio criado pela situação contratual de Oday Dabbagh (ler nesta página), respetivamente.
Roger Schmidt decidiu apostar num ataque móvel, com Gonçalo Guedes como referência no eixo, mas com liberdade para procurar espaços noutras zonas do ataque, abrindo caminho às incursões de Neres, Aursnes e João Mário. O Arouca respondia com uma linha de cinco atrás nos momentos em que não tinha a bola, tentando sair no contragolpe sempre que podia.
O plano das águias prevaleceu e valeu um golo na primeira parte, apontado por João Mário, após um belo lance desenhado no flanco canhoto dos encarnados, a fazer lembrar o 2-0 em Paços de Ferreira. Foi do melhor que se viu numa etapa inicial amarrada, em que a ausência de Enzo Fernández teve um peso relativo na ausência de ideias do Benfica na fase de construção, que um esforçado Chiquinho pouco conseguia atenuar.
Ainda assim, o laboratório encarnado voltaria a dar à luz uma obra de arte de contribuição coletiva, desenhada, agora à direita, entre João Mário e Gonçalo Guedes e que valeu o bis ao médio.
Com o plano de jogo principal a desmoronar-se pelo avolumar do resultado, Armando Evangelista refrescou o ataque com Arsénio e Bruno Marques e o Arouca foi mesmo capaz de fazer o que ainda não tinha feito até então, deixar Vlachodimos em sobressalto, mesmo que a pontaria estivesse desafinada.
Desse problema não sofreu o recém-entrado Musa, que fechou o jogo com uma finalização fácil perante um desamparado Arruabarrena, que sem ter feito uma defesa digna de registo acabou por sofrer três golos. Há noites assim.
Mais: Não houve Enzo nem Gonçalo Ramos, mas João Mário decidiu a questão com dois golos. Grimaldo e Aursnes deram vida ao flanco canhoto.
Menos: De volta ao onze arouquense, Milovanov esteve inseguro e colocou Aursnes em jogo no lance do 1-0. Michel não se viu no ataque do Arouca.
Árbitro: Noite tranquila para Rui Costa e seus pares, num jogo sem casos nem grandes confusões. Um oásis no futebol nacional, que se saúda.
Veja o resumo do jogo:
https://jn.vsports.pt/embd/82930/m/12023/jn/fd53b43fc83cab83407bb297a397ee6e?autostart=false