João Mário é uma das armas mais poderosas dos encarnados na batalha europeia frente ao Inter de Milão, que tem a primeira parte agendada para esta terça-feira (20 horas), na Luz. O cartaz proporciona um braço de ferro entre o jogador e o clube para o qual se transferiu em 2016, num investimento a rondar os 45 milhões de euros, mas onde ficou aquém das expetativas, já que cumpriu apenas dois anos e meio dos cinco anos de contrato (cedido a West Ham, Lokomotiv e Sporting).
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O reencontro sucede com o jogador em alta, na melhor época da carreira: 23 golos, seis na Liga dos Campeões, onde só Haaland (10), Salah (8) e Mbappé (7) têm mais. O fenómeno deixa os tifosis em sentido. "Olá, João, escrevem-te os teus ex-tifosis. Por cortesia, mete a mão na consciência, pensa no clube que te comprou em 2016 metendo na mesa a bela quantia de 40 milhões", escreveu o jornalista Fabrizio Biasin, num tom humorístico, nas redes sociais.
"Agora, terias coragem de fazer mal a uma equipa tão grande? Vá lá. Sabemos que estás em´ "discreta" forma: este ano já fizeste 23 golos, 12 assistências e estamos a falar de um médio, não do Haaland lusitano. Estás a fazer uma época sensacional e és o jogador que mais assusta os nerazzurri", concluiu Fabrizio, logo a seguir ao sorteio. Um cenário que espelha algum desconforto e receio da equipa italiana.
Alterar o destino
À margem da reação, João Mário deseja vincar o bom momento e ferir o Inter, numa espécie de "ajuste de contas" que levaria a águia para perto das meias-finais da competição. Um nível nunca alcançado desde que a Taça dos Campeões Europeus (esteve na penúltima eliminatória em 1990) se transformou em Liga dos Campeões, em 1992/93.
Além do futebolista, que chegou à Luz com rótulo de jogador livre, embora num investimento de 5,5 milhões de euros, e que motivou a reação do rival Sporting que acionou o Inter em tribunal para fazer valer a cláusula anti-rival de 30 milhões de euros, as águias contam com o poder de fogo de Gonçalo Ramos, Rafa e outros para reescrever a história e quebrar o Inter pela primeira vez.
Até ao momento, os encarnados enfrentaram os nerazzurri na final de 1965, em San Siro, (0-1) e na quarta eliminatória da Taça UEFA em 2004. Depois de um empate sem golos, em Lisboa, os encarnados caíram após um jogo frenético em Milão (4-3).
Árbitro inglês
Michael Oliver foi nomeado pela UEFA para arbitrar o Benfica-Inter. Oliver vai ter como assistentes Stuart Burt e Simon Bennett, enquanto o também inglês John Brooks será o quarto árbitro. O neerlandês Pol van Boekel estará no VAR.