João Sousa despediu-se hoje de Roland Garros, depois de perder com Andy Murray, o "carrasco" habitual em torneios do "Grand Slam", na segunda ronda, mas fê-lo de cabeça erguida, ao ganhar um "set" ao número três do ténis mundial.
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Ao sexto confronto entre ambos, o número um nacional e 44.º tenista mundial encontrou a fórmula para contrariar o jogo de Murray, conquistando-lhe pela primeira vez um "set" na derrota por 6-2, 4-6, 6-4 e 6-1, na segunda ronda do segundo torneio do "Grand Slam" da temporada, em duas horas e 34 minutos.
A viver uma série de 11 triunfos consecutivos no pó de tijolo - antes deste ano e dos títulos em Munique e no Masters 1000 de Madrid, o escocês não tinha qualquer troféu na terra batida -, Murray esteve quase irrepreensível no primeiro '"set".
O número três mundial ganhou 92% dos pontos no primeiro serviço, que entrou em 68% das ocasiões, 100% dos pontos no segundo, não concedendo qualquer ponto de "break" ao vimaranense e concretizando dois dos seis de que dispôs.
Foi um João Sousa consistente e focado aquele que se viu no segundo parcial no "court" Philippe Chatrier. A confiança de estar a viver um dos seus melhores momentos na terra batida foi evidente, com o português a mostrar a garra que lhe é reconhecida para contrariar o favoritismo do homem que o afastou na terceira ronda do Open da Austrália no início do ano.
Depois de quebrar, em branco, o serviço de Murray para fazer o 5-3, o único tenista português com um título ATP no currículo permitiu o "contra-break". Mas o vimaranense, radicado em Barcelona, recompôs-se e conquistou um "match-point" no serviço do campeão olímpico, fechando o segundo "set" por 6-4.
No terceiro parcial, com uma melhor percentagem de primeiros serviços do que o terceiro jogador do 'ranking' mundial (64 contra 55), o português manteve o equilíbrio e dispôs de quatro pontos de 'break', concretizando dois.
Mas a maior rodagem do britânico em "Grand Slams" - levantou o título de vencedor no Open dos Estados Unidos em 2012 e em Wimbledon em 2013 - ficou em evidência, quando este quebrou para fazer o 4-3. Sousa ainda anulou um "set point" no seu serviço, a 5-3, mas acabou derrotado por 6-4.
A perda do terceiro parcial desmotivou Sousa, que aguentou mais 24 minutos, antes de cair por 6-1, igualando a sua melhor prestação de sempre no torneio parisiense (em 2013, também foi eliminado na segunda ronda).
Apesar da derrota, o melhor tenista português de sempre (já foi 35.º) mereceu aplausos do público, pela sua entrega e determinação.