Ciclista da Tavfer/Measindot/Mortágua celebrou o primeiro triunfo como profissional. Segurou a camisola amarela, que vestiu na etapa inicial, resistindo a ataques e contrariedades.
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Há um novo nome no ilustre palmarés de vencedores do Grande Prémio JN, e que se mostrou à altura da tradição que a prova tem no panorama velocipédico nacional. Joaquim Silva (Tavfer/Measindot/Mortágua) confirmou ser o ciclista mais consistente e resiliente nos seis dias de corrida, e desde que assumiu a liderança da prova, logo na etapa inaugural, não mais despediu a camisola amarela, que este domingo, de forma orgulhosa e também emocionada, mostrou a centenas de pessoas que o aplaudiram na meta final em Viana do Castelo.
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O corredor natural de Penafiel, de 29 anos, conquistou um dos mais importantes êxitos da carreira, resistindo nesta derradeira etapa a constantes ataques dos rivais e a contrariedades, numa tirada que fechou com mais uma eletrizante decisão ao sprint, superiormente finalizada por César Martingil (Atum General/Tavira).
Avaria quase fatal
Mas antes desse remate de festa discutido à velocidade, o pelotão teve de percorrer um longo trajeto de 178,5 quilómetros, desde Vila Nova Gaia, recheado de sobe e desce, em que os principais rivais do camisola amarela tentaram desde cedo assaltar a liderança. Quase todos os candidatos se juntaram numa fuga inicial, de sete elementos, logo ao quilómetro 26, a qual quase era fatal para Joaquim Silva. Atraiçoado por uma avaria na bicicleta, perdeu o contacto com esse grupo de frente e teve de mostrar esforço extra, mesmo que escudado pela equipa, para poder reentrar com os restantes fugitivos.
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Esse lote de escapados, que seria pouco depois reforçado com mais 15 ciclistas, acabaria por ceder ao quilómetro 100, retomando-se o pelotão compacto, numa posição mais favorável para as ambições de Joaquim Silva. Ainda se desenharam-se outras fugas, mas sem consequências para o líder, percebendo-se a dez quilómetros da meta, instalada na Praia Norte, que as decisões da etapa seriam ao sprint. Aí, César Martingil vingou-se de perdida milimétrica em Vila Real e, desta vez, arrancou um triunfo de dentes cerrados. Mais atrás, no pelotão, chegou Joaquim Silva, de braços no ar a festejar a conquista da camisola amarela, num misto de alegria e emoção, com lágrimas de saudade pelo falecido diretor Pedro Silva. Nas contas finais, destaque ainda para vitória por equipas da W52/F. C. Porto, que superou a Efapel por apenas dois segundos.