Jogadores envolveram-se em cenas de pancadaria ainda na primeira parte e o jogo entre o Árvore e o Ases de São Jorge não chegou ao fim.
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Terminou antes do intervalo e devido a desacatos entre jogadores o jogo da 2.ª jornada da 2.ª fase da Liga dos Campeões da Federação de Futebol Popular do Norte (FFPN), onde se defrontavam o Árvore (Vila do Conde) e o Ases de São Jorge (Fafe).
Por volta dos 40 minutos e quando a equipa da casa vencia por 1-0, o árbitro assinalou uma falta favorável ao Árvore e, aquando da formação da barreira, um atleta da equipa da casa deu uma cotovelada a um jovem jogador da equipa fafense. "O árbitro expulsou o jogador do Árvore que, quando o nosso jogador estava no chão a ser assistido, voltou para trás e o pisou. Depois ainda lhe deu mais pontapés na cabeça e nas pernas e gerou-se uma grande confusão", contou, ao JN, Filipe Marques, presidente do Ases de São Jorge.
O líder do clube de Fafe estava na bancada e conta que, depois, "o nosso jogador levantou-se para escapar às agressões tendo sido atacado por cinco jogadores adversários que o agrediram continuamente. O árbitro deu o jogo por finalizado por não haver condições para continuar, mas a violência não terminou chegando a alastrar-se às bancadas", disse.
António Araújo, diretor do Árvore, estava nas funções de delegado ao jogo e deu, ao JN, a sua versão dos factos. "O jogador do Ases que fez a falta sobre o nosso jogador tê-lo-á insultado e ele ficou furioso e agrediu-o. Depois gerou-se uma pequena confusão e o guarda-redes do Ases correu na direção deles para tentar agredir e a confusão ficou maior. Aliás, o guarda-redes levou vermelho porque foi à bancada tentar agredir alguns dos nossos adeptos", disse.
O dirigente do clube de Vila do Conde considera ter sido uma "confusão feia com escaramuças de parte a parte" mas que passados 10 minutos "estava tudo sanado". António Araújo espera agora pela decisão que os órgãos disciplinares da FFPN venham a tomar. "Irão analisar o relatório do árbitro e nós acataremos as nossas responsabilidades. Coisas desta gravidade não têm acontecido mas podem acontecer no popular como nos outros jogos", referiu.
O Ases de São Jorge acabou por solicitar a presença do INEM e da GNR. Três jogadores da equipa de Fafe foram assistidos no local e, um deles, acabou mesmo por receber cuidados numa unidade hospitalar, devido às escoriações que apresentava na cabeça.
O clube de Fafe irá denunciar os crimes de agressões às autoridades e pondera a participação futura nestas competições por considerarem "não existirem condições de segurança".
O JN contatou Iazalde Martins, presidente da FFPN, que "lamentou profundamente o sucedido" mas aguarda pela atuação dos órgãos disciplinares da federação que agirão tendo por base o relatório do árbitro e do delegado da FFPN que se encontrava na bancada.