Clube da A. F. Santarém, que procura a primeira vitória no Campeonato de Portugal, vive sérios problemas financeiros. Investidor e presidente do clube de costas voltadas.
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O Rio Maior, último classificado da Série C do Campeonato de Portugal, está a viver um drama: os jogadores têm salários em atraso desde o início da época, o treinador Armando Santos e seis futebolistas já saíram e há uma clivagem entre o investidor Geraldo Silva e o clube presidido por Heitor Oliveira. Segundo apurou o JN, o emblema de Santarém ainda não pagou as licenças para participar na competição e os equipamentos.
O clube já vinha a passar por dificuldades na época passada, quando garantiu a subida aos nacionais, o que intensificou a procura de investidores para colmatar as lacunas financeiras. Foi então que surgiu o nome de Geraldo Silva, empresário brasileiro que se mostrou interessado na compra de 45% das ações da SAD do Rio Maior.
Mas os problemas não se resolveram nessa altura. Desde então que os jogadores, o staff e a equipa técnica nunca mais receberam salários. No total são cerca 50 mil euros que afundam o clube. Muitos futebolistas, sabe o JN, estão em risco de serem despejados por falta de pagamento das rendas das casas.
Quando confrontado com a situação, Geraldo Silva admite, ao JN, não ter pago salários e outros montantes em dívida. "Não posso pagar uma casa que não é minha", adiantou, explicando que não assinou nenhum documento sobre a percentagem de aquisição do clube. O presidente Heitor Oliveira tem outra versão dos factos e vai colocar o caso na Justiça. "Fomos alvo de uma burla. Este assunto já está nas mãos da minha advogada".
Este sábado, o Rio Maior defronta o Mortágua, fora de casa, e apenas conta com 18 jogadores disponíveis.
