Clubes receberam plano de ação da retoma do campeonato, que inclui um anexo que deve ser rubricado por todos os intervenientes nos jogos.
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Apontado para 4 de junho, o regresso do campeonato será feito de acordo com um plano de ação com normas muito rígidas, definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com a FPF e com a Liga, que os clubes já começaram a receber. O documento, a que o JN teve acesso, inclui um anexo cujo título é "Compromisso de Honra", para ser assinado por todos os jogadores e demais agentes.
Nesse anexo, os intervenientes nos jogos comprometem-se a cumprir a "contenção social" nos termos previstos pelo clube a que pertencem e pelas autoridades de Saúde, a adotar um "comportamento social responsável, nomeadamente o confinamento no domicílio", do qual sairão apenas para "as atividades profissionais essenciais à prossecução da competição" e a "limitar os contactos sociais ao agregado familiar, até ao término da competição". Desta forma, constata-se que não foram aliviadas as regras que motivaram protestos públicos de três jogadores do F. C. Porto e um do Sporting, depois de ter sido tornado público o parecer da DGS para o regresso da competição, no passado domingo.
Num ponto anterior deste plano de ação está, no entanto, escrito que se os jogadores e staff das equipas tiverem de sair de casa, sem ser em dias de treinos ou jogos, só o podem fazer em casos de "força maior", sendo que esse ponto já estava no documento antes da atualização feita na passada terça-feira.
Sempre que solicitados, os jogadores têm de participar em "iniciativas de cariz social e educativo de sensibilização da sociedade para a importância da contenção social como forma de prevenção e controlo à covid-19". No caso de um teste positivo, o jogador é equiparado a "portador de doença, não havendo qualquer exceção". Será sempre aplicada a lei para efeitos de número mínimo de jogadores para jogo (sete), abaixo do qual uma equipa perderá a partida por falta de comparência, conforme afirmou o primeiro-ministro António Costa há alguns dias.
Máximo de 185 pessoas
O documento também estabelece o número máximo de 185 pessoas autorizadas a entrar no estádio nos dias dos jogos: 85 com acesso às zonas técnicas (jogadores, treinadores, delegados da Liga, árbitros, médico anti-doping, técnico VAR); 25 à volta do relvado (apanha-bolas, repórteres, fotógrafos e operadores de câmara); 15 no relvado antes, ao intervalo e depois do jogo; e 60 nas bancadas, entre as quais os órgãos sociais dos clubes e a comunicação social.