Um desafio entre Balasar e Ramaldense, a contar para a Série 3 da Divisão de Honra da A. F. Porto, terminou, este domingo, mais cedo por falta de segurança e foram registadas situações de pancadaria.
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Jogo foi interrompido aos 65 minutos da segunda parte, numa altura em que o Balasar, a jogar em casa, vencia o encontro frente ao Ramaldense por 4-2. Fontes dos dois clubes explicaram ao JN como tudo aconteceu.
"No jogo todo houve bastantes insultos da bancada para com os nossos atletas. Tudo despoletou quando um jogador nosso levou segundo amarelo por uma falta, que deu lugar depois a uma série de expulsões. A massagista do Balasar ao ir assistir o atleta que sofreu a falta, junto aos nossos adeptos, insultou a bancada. Foi quando começou a escaramuça", começou por dizer Carlos Costa, presidente do Ramaldense.
"O árbitro deu o jogo por interrompido ao minuto 65 por falta de condições de segurança. E, entretanto, quando as equipas estão a recolher aos balneários e os nossos atletas que não tinham sido convocados, que estavam numa zona à parte da bancada, quando tentaram dirigir-se para lá, começaram a ser agredidos tanto pelo presidente do Balasar como por adeptos que saltaram da bancada para dentro do campo", acrescentou, salientando que tem "entre atletas e diretores, sete notificados para aparecerem amanhã no Instituto de Medicina legal por serem vítimas de agressão".
O dirigente lamenta, ainda, a intervenção "muito tardia" das forças policiais: "Foi um dispositivo do Porto para Balasar. Não havia viaturas disponíveis. Demorou quase uma hora. Eu, que não estava presente, cheguei mais depressa do Porto ao campo do que a própria GNR", dá conta, explicando que não havia policiamento para o jogo e que "estavam apenas dois ARD's ARD"s a fazer a segurança de um campo que não tem qualquer segurança".
Já fonte do Balasar diz que os responsáveis do clube "tentaram serenar toda a situação" e que "a massagista acabou por ser agredida por um adepto do Ramaldense na parte da boca", acabando por ter de ir ao hospital, assim como o presidente do emblema do munícipio da Póvoa de Varzim.
A mesma fonte menciona, ainda, que o "treinador [adversário] teve uma forma errática na postura no banco e despoletou toda a situação", diz que tudo "ocorreu numa área anexa à bancada" e vê como "uma das falhas graves a ausência de policiamento no jogo por falta de efetivos".