
Ricardo Horta marcou na sequência deste lance, mas o golo seria anulado por ter atingido Otamendi na cara
Foto: Miguel Pereira
Bracarenses foram melhores na primeira parte e, após sofrerem, viraram o resultado antes do intervalo. Encarnados reagiram, mas só empataram e podem ficar a dez pontos do F. C. Porto. Jogo com várias polémicas.
Num bom jogo com vários casos polémicos, o Benfica não passou em Braga e, com o empate, pode ver o F. C. Porto disparar para dez pontos de distância se vencer, esta segunda-feira, no Dragão, o último classificado, AVS. O título parece uma miragem e não estamos ainda em janeiro.
Com baixas importantes no eixo defensivo (Niakaté, na CAN, e Lagerbielke, lesionado), Carlos Vicens apostou em Victor Gómez para compor o trio defensivo. José Mourinho fez apenas uma alteração, preferindo Barreiro a Prestianni, mas o jogador do Luxemburgo com raízes angolanas pouco se viu. O Braga entrou bem melhor e tomou conta do jogo, criando algum perigo por Ricardo Horta e João Moutinho (6 e 7 m). A equipa de José Mourinho esperava pelo adversário no seu meio-campo, tentando explorar as costas da defesa minhota, mas sem sucesso. Até que, na sequência de um livre lateral cobrado por Sudakov, Otamendi entrou de rompante e inaugurou o marcador. Pragmatismo à moda de José Mourinho.
O Braga, contudo, não se rendeu e foi em busca do empate, que surgiu de penálti (mão de Dahl), que Zalazar converteu. Sem reação do Benfica, o Braga insistiu pela direita e Pau Victor partiu de um erro de Richard Ríos para desenhar uma obra de arte, tirando com muita classe Tomás Araújo e Otamendi da jogada e rematando cruzado para a cambalhota no marcador.
Em desvantagem, o Benfica entrou muito mais enérgico na segunda parte e cedo chegou ao empate, com um grande golo de Aursnes - remate de fora da área -, e esteve perto de consumar a reviravolta pouco depois, por Tomás Araújo, mas Hornicek fez uma grande defesa (56). Dahl (70) e Aursnes (80) quase fizeram o terceiro do Benfica, perante um Braga em queda física. Vicens mexeu muito tarde e José Mourinho também, e apenas duas vezes. Pelo meio, lance polémico, entre vários que a partida teve, com Dahl a introduzir a bola na baliza, mas o árbitro a considerar falta de Richard Ríos sobre Vítor Carvalho perante muitos protestos dos benfiquistas.
O Braga conseguiu sacudir a pressão encarnada nos últimos minutos, chegando mais vezes à área contrária, mas seria ainda Pavlidis a ter uma boa ocasião, mas a rematar mal, já nos descontos.
Positivo
Pau Victor mostra a espaços porque é o reforço mais caro de sempre do Braga. O golo que marcou está cheio de magia. Aursnes apontou um grande golo.
Negativo
Ríos fica ligado ao segundo golo do Braga e ofensivamente pouco acrescentou. Quebra física dos minhotos na segunda parte.
Arbitragem
Mal ao não marcar penálti por falta de Barreiro sobre Pau Victor (7). Dúvidas no golo do Benfica (empurrão a Moutinho) e no anulado a Dahl.
