A ausência de Cristiano Ronaldo do onze luso foi uma surpresa, mas Gonçalo Ramos aproveitou a oportunidade. E de que maneira. A mudança tática da Suíça, que jogou de forma mais defensiva, foi muito bem explorada pela seleção portuguesa. A segunda parte foi de sonho para as quinas.
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1. Surpresas nos dois onzes
A Suíça também mudou, do habitual 4x3x3 para o 3x5x2. Gonçalo Ramos aproveitou a titularidade, fez golo na primeira ocasião e acrescentou dinâmica ao ataque. A Suíça foi obrigada a jogar com tração atrás e poucas foram as vezes em que os laterais obrigaram Bruno Fernandes ou Félix a trabalhos defensivos. Portugal soube reagir muito bem à alteração tática do adversário. O outro eventual problema que a Suíça poderia causar seria jogar com dois avançados, pela velocidade e mobilidade de Embolo, bem anulada por Rúben Dias e Pepe, que ainda marcou o 2-0.
2. Reinício avassalador de Portugal
A segunda parte não podia ter começado melhor para Portugal. Gonçalo Ramos bisou, à ponta de lança, premiando a excelente subida de Dalot. A seguir, a coroar um ótimo ataque apoiado, Guerreiro fez o 4-0 a provar a importância do envolvimento dos laterais na organização ofensiva. O 4-1 da Suíça não intimidou Portugal, que continuou a ver William, Otávio, Bernardo e Félix a construírem situações de finalização, que Gonçalo aproveitou no 5-1. Será um jogo inesquecível para todos os portugueses, mas imaginem o significado que terá para este jovem goleador.
3. Ronaldo entra com o jogo ganho
Quando Ronaldo entrou, a capacidade de recuperação de bola de Portugal, na pressão aos laterais, era inferior, o que deixava a Suíça com mais bola e Cristiano a desesperar pela pouca participação. O espaço deixado entre a linha defensiva dos suíços e a baliza pedia a entrada de Leão. Foi o que aconteceu e o aproveitamento desse espaço foi premiado com um golo fantástico.
*Treinador de futebol