Cerimónia no rio Sena não teve a espetacularidade visual de outras edições dos Jogos, mas quando anoiteceu ganhou outro encanto. Portugal foi representado por 22 atletas e dividiu o barco com Catar e Coreia do Norte.
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Diferente de todas as anteriores, a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 foi, como se esperava, um hino a Paris e à França. Atletas dos 206 países presentes no grande evento percorreram em 85 barcos um percurso icónico pelo rio Sena, com destino à praça Trocadéro, junto à Torre Eiffel, onde o presidente francês, Emmanuel Macron, assistiu a tudo ao lado do líder do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach.
A chuva que caiu dos céus da Cidade Luz arrefeceu um pouco o entusiasmo geral e nas margens do Sena foram notórias as restrições ao número permitido de espectadores, motivadas pelas fortes medidas de segurança adotadas pelas autoridades. Talvez por ter decorrido em grande parte à luz do dia, a cerimónia não teve a espetacularidade visual das anteriores, ganhando cor à medida que a noite foi caindo, com alusões bem conseguidas à história da França e a alguns dos grandes símbolos sociais e culturais do país.
A comitiva portuguesa, representada por 22 dos 73 atletas presentes em Paris e com o canoísta Fernando Pimenta ao lado da marchadora Ana Cabecinha como porta-estandartes, iniciou a descida do Sena às 20.20 horas. Os países com mais atletas foram os últimos a fazer o percurso, os franceses como anfitriões e os EUA como organizadores dos próximos Jogos, em 2028, em Los Angeles.
No Trocadéro estava reservado um dos momentos altos da cerimónia com a chama olímpica a ser transportada por Zinedine Zidane, antigo jogador de futebol, e pelo tenista espanhol Rafael Nadal. Depois seguiu num barco com as estrelas olímpicas Serena Williams, Carl Lewis e Nadia Comaneci, além do próprio Rafael Nadal até ao museu do Louvre. Seguindo depois ao Jardin des Tuileries, onde serviu de combustão para um enorme balão sobrevoar o céu de Paris.